Chuva aumenta casos de acidentes com animais peçonhentos

Para se protegerem, eles migrar de seus habitats naturais para espaços seguros

Dados da Secretária Municipal de Saúde (SMS) mostram que, de janeiro a outubro de 2024, houve 687 acidentes com animais peçonhentos em Cuiabá. Porém, estes números tendem a crescer durante o período chuvoso devido ao aumento de animais peçonhentos, como cobras, aranhas, escorpiões e insetos venenosos nas proximidades das residências a procura de abrigo seco.

 

Em entrevista, Jussara Iurk, gerente de Animais Sinantrópicos de Cuiabá, explicou que o aumento ocorre, pois as chuvas costumam alagar o esconderijo desses animais. Para se protegerem, eles migrar de seus habitats naturais para espaços seguros.

 

"Com a inundação dos esconderijos, eles procuram lugar seco e por isso invadem os imóveis aumentando a probabilidade de encontros com humanos, o objetivo desses animais é garantir a sua segurança e buscar por alimentos", explicou.

 

Durante o mês de outubro, foi descoberta uma nova espécie de escorpião na região: Tityus serrulatus, no bairro Parque Atalaia, em Cuiabá. Seu veneno é tão forte que pode matar.

 

Para prevenir tais acidentes, Jussara orientou sobre medidas para manter o ambiente seguro e evitar "visitas" inesperadas.

 

"Os animais não atacam as pessoas. Eles ficam escondidos e quando descobertos eles se defendem, por isso é preciso evitar o acúmulo de entulho, sempre olhar roupas de cama e banho, sapatos, manter as camas longe da parede, manter a limpeza regular, vedar frestas e buracos e parede além de manter os ralos telados", recomendou.

 

Cuidado com venenos

A gerente alerta para o uso de venenos, visto que eles podem "agitar" os animais. "Não é recomendado pelo Ministério da Saúde inseticidas comuns, pois eles têm poder irritante e acabam desalojando o animal. Indicamos o uso de inseticida em pó e em gel".

 

Cuidados pós-picada 

Em casos de picadas de cobra, escorpiões e aranhas e orientação é ir o Centro de Informações Antiveneno (Ciave), que fica dentro do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e levar o animal, se possível. Caso não consiga capturar o bicho, uma foto pode ajudar na identificação para decisão do tratamento mais adequado.

 

É necessário manter o paciente em repouso no primeiro momento e elevar o membro afetado, para ajudar na circulação e diminuir o inchaço. 


Fonte: Gazeta Digital
Crédito da Foto: Pexels