Deputado critica governador e elogia ministro por implantação da Embrapa na região

Na avaliação do parlamentar, o ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro (PSD), conseguiu dar uma resposta à altura em meio ao desmonte que o governo Mauro Mendes está fazendo com a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer)

O deputado estadual Júlio Campos (União) criticou o governador Mauro Mendes (União) durante o lançamento da Pedra Fundamental da Unidade Mista de Pesquisa e Inovação (Umipi) da Baixada Cuiabana da Embrapa, no município de Nossa Senhora do Livramento (42 KM ao sul da capital).  

 

Na avaliação do parlamentar, o ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro (PSD), conseguiu dar uma resposta à altura em meio ao desmonte que o governo Mauro Mendes está fazendo com a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).  

 

“Infelizmente, o atual governo está querendo desativar a Empaer, que é o grande órgão que assessora os agricultores de Mato Grosso. Mas, na visão do ministro Carlos Fávaro, ao tomar conhecimento que essa área seria devolvida para a União, imediatamente através do seu ministério e da Embrapa, resolveu transformar esses duzentos e poucos hectares no grande centro de pesquisa de desenvolvimento para agricultura familiar da Baixada Cuiabana”, disse o parlamentar nesta segunda-feira (21).  

 

“Parabéns ministro Fávaro, em nome do povo de Mato Grosso, em nome do povo de Livramento, agradecemos esse seu gesto que vai ficar como a grande obra da sua gestão frente ao Ministério da Agricultura no governo do presidente Lula. Obrigado.”, completou.  

 

Ao todo, o investimento do Estado é de R$ 764 mil, via o Plano de Trabalho Anual, enquanto o recurso arrecadado pelos pesquisadores, por meio de seus projetos, com ajuda da iniciativa privada e pública, chega a R$ 3.185.000,00.  

 

Os trabalhos da Unidade Mista de Pesquisa e Inovação abrangerão uma região composta por 11 municípios na Baixada Cuiabana. Terá foco na agricultura familiar, em cadeias como fruticultura, olericultura, mandiocultura, piscicultura e sistemas produtivos como sistemas agroflorestais (SAF) e integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

 

Além disso, também serão trabalhadas formas de agregação de valor da produção, por meio de certificações e selos, como o de indicação geográfica.       

 

Modelo Umipi   

Fortemente requisitada para estar presente nos diversos territórios e para atender aos novos desafios da agricultura brasileira, a Embrapa adota novos arranjos institucionais para inovação.  Um dos modelos mais promissores é o de Unidades Mistas de Pesquisa e Inovação (Umipis), que consiste na cooperação com outras instituições por meio de compartilhamento da infraestrutura e de recursos humanos e financeiros. Eficiente, ágil e econômica, a estratégia permite atender a demandas importantes sem a necessidade de criação de novos centros de pesquisa.   

 

Esse arranjo institucional foi iniciado em 2012, com a Unidade Mista de Pesquisa em Genômica Aplicada a Mudanças Climáticas (GenClima), criada pela parceria Embrapa e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Oito Umipis estão atualmente em operação. 



Fonte: Gazeta Digital
Crédito da Foto: JL Siqueira/AL-MT