Poder público está batendo a cabeça, diz Mendes sobre avanço das facções

Segundo o chefe do Executivo, o governo estadual está atuando firmemente, mas a falta de legislação penal mais rigorosa dificulta o combate ao crime organizado

O governador Mauro Mendes (União) afirmou que os Poderes estão "batendo cabeça" para conter avanço de facções. O gestor cobra leis mais rígidas para tentar pacificar conflitos entre garimpeiros e organizações criminosas no interior de Mato Grosso. Segundo o chefe do Executivo, o governo estadual está atuando firmemente, mas a falta de legislação penal mais rigorosa dificulta o combate ao crime organizado.


"É triste, né, gente? A gente está perdendo essa guerra no Brasil para as facções criminosas. Porque todo dia você vê o crime organizado se movimentando, aumentando a situação, e o Poder Público batendo cabeça com essas leis e com a atuação inadequada, que, a meu ver, existe nessa relação entre governos estaduais e o governo federal", pontuou durante a vistoria ao Hospital Universitário Júlio Müller, nesta segunda-feira (30). 

 

 

A declaração ocorreu quando o gestor foi questionado sobre a morte do líder garimpeiro, identificado como "Zé Gavião", que foi assassinado a tiros, em posto de combustível de Aripuanã (960 km de Cuiabá), no fim de semana. 


Ao comentar sobre o assunto, Mauro Mendes também mencionou uma proposta legislativa apresentada pela senadora Margareth Buzetti (PSD), que busca endurecer as leis penais. "Se nós pudéssemos legislar, como acontece nos Estados Unidos, onde cada Estado legisla em matéria de direito penal, com certeza as coisas seriam diferentes aqui em Mato Grosso", afirmou o governador, referindo-se à dificuldade de implementar políticas estaduais mais severas no combate ao crime.


O governador ainda criticou a soltura de criminosos reincidentes. "A resposta firme está ganhando todo dia. Olha a quantidade de operações que já tivemos contra as facções esse ano. Mas aí vem um juiz... Tem pessoas que foram presas 5, 6 vezes, e são soltas no mesmo ano com alvará de soltura. Quer dizer, é impossível isso, né? Temos um elemento que foi preso 6 vezes este ano e saiu da cadeia todas as vezes com alvará", concluiu Mendes.



Fonte: Gazeta Digital
Crédito da Foto: Assessoria