Superando desafios e preconceitos, o futebol feminino no Brasil e no mundo vem passando por mudanças e ganhando mais visibilidade e notoriedade a cada ano. Aos 49 anos e na ativa, ex-atleta da seleção brasileira e uma das pioneiras da modalidade no país, Tânia Maranhão celebra avanços da modalidade, visibilidade de Mato Grosso no cenário nacional e compartilha sua vitoriosa trajetória no esporte.

“Hoje eu vejo um grandioso desenvolvimento do futebol feminino. Se a gente for comparar quando a gente começou, primeiro as meninas que são pioneiras, como Elane, Fanta, Meg, Suzy, Leda, essa geração toda que representava a seleção brasileira, que na época era o radar que representava a seleção brasileira. Logo depois chegou a Pretinha, com 15 para 16 anos, que foi nossos primeiros mundiais, e ali a gente “roía o osso” mesmo, a paixão que a gente tinha pelo futebol, nossa modalidade, a gente sempre acreditou muito, em ver a grandeza do nosso futebol, em crescer e evoluir cada vez mais”, disse a ex-atleta da seleção. 

Reprodução/ Museu do Esporte

 

A zagueira conta que naquela época, as jogadoras não conseguiam viver apenas do futebol, precisando trabalhar em outro emprego para poder complementar a renda e oferecer melhores condições para a família. “Acho que tudo isso valeu a pena, valeu a pena lá no começo, tudo que nós passamos, a gente "roeu o osso" ali, por amor mesmo, pela modalidade, acho que valeu a pena, a gente ver a evolução do futebol”, finalizou Maranhão.

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Além da jogar pela seleção brasileira, a zagueira teve passagens por vários clubes brasileiros, como São Paulo, Grêmio, Vasco, Botafogo, Flamengo, 3B da Amazônia, entre outros. Com uma carreira vitoriosa no futebol feminino, Tânia Maranhão teve importantes conquistas internacionais, nacionais e regionais, como duas medalhas de ouro Jogos Pan-Americanos (2003 e 2007), um título da Copa América (2003), duas Copas do Brasil (1997 e 2001), um Campeonato Brasileiro Feminino (2016), além de 4 Campeonatos Carioca (2010, 2011, 2012 e 2014). Com a “amarelinha”, Tânia Maranhão carrega 4 Olimpíadas e 6 mundiais em seu currículo.

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Nesta temporada de 2024, a experiente jogadora estava no Ação-MT, clube onde conquistou o acesso para a Série A2 do Campeonato Brasileiro de 2025, que rendeu a equipe o montante de R$ 1,5 milhão, e o vice-campeonato Mato-grossense deste ano.

Divulgação/ Ação SAF

 

Atualmente, Mato Grosso conta com 3 equipes mato-grossenses em divisões nacionais. Por meio do Programa Mato Grosso Série A, da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), de 2021 a 2023 foram investidos 17,5 milhões, recurso que beneficiou vários clubes mato-grossenses.

Montagem GD

Equipes femininas do Mixto, Operário LTDA e Ação SAF.

“A gente vê o Mixto na A2 do Brasileiro, quase subiu para a A1, infelizmente bateu na trave, a gente torceu muito, porque isso é valorização, é vitrine para Mato Grosso, jogar contra o Corinthians, Palmeiras, no Dutrinha ou Arena, é uma valorização para a cidade. Temos o Ação hoje também na A2 do Brasileiro e também o Operário que subiu para a A3, então 3 clubes de Mato Grosso que estão em divisões nacionais, isso para mim é muito gratificante”, destacou Tânia Maranhão.



Fonte: Gazeta Digital
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