Alunos do curso de Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) denunciaram, na última semana, episódios de racismo envolvendo estudantes e professores da instituição. Mobilizações e reuniões foram realizadas para tratar dos crimes cometidos dentro e fora das salas de aula. A polícia não foi acionada até o momento.
Conforme apurado, as denúncias envolvem desde o racismo velado entre professor e aluno até o preconceito por conta do tom de pele por meio de "brincadeiras" no ambiente acadêmico. Além disso, desenhos de dois “braços de macaco de pelúcia” apareceram em um cartaz em sala de aula.
Após a repercussão dos fatos, o Diretório Central dos Estudantes da UFMT (DCE) emitiu uma nota, no dia 6 de setembro, repudiando os crimes de racismo cometidos na universidade.
“É inaceitável que dentro de uma instituição de ensino superior, que produz ensino, pesquisa e extensão, tendo como principal objetivo de estudo as fontes de conhecimento, tenhamos atitudes racistas em sala de aula, principalmente disparada por docentes”, diz trecho da nota divulgada.
Nessa terça-feira (10), o Kilombo Cassange realizou uma mobilização como forme de acolher os estudantes negros do curso de Psicologia. Já nesta quarta-feira (11), uma reunião será realizada entre os representantes da graduação e da pós-graduação, centro acadêmicos e o coletivo negro para tratar das denúncias.
A assessoria da UFMT foi procurada e questionada sobre medidas adotadas diante do cenário criminoso, mas não houve resposta até a publicação da matéria. O espaço segue aberto.
Fonte: Gazeta Digital