Senadores de Mato Grosso são favoráveis ao decreto que pretende flexibilizar o uso de armas e o funcionamento de clubes de tiro próximos a escolas. Em meio ao debate, governo e Congresso buscam entrar em consenso sobre o tema que divide opiniões entre os integrantes do Executivo e Legislativo.
O decreto sobre armas foi publicado pelo governo Lula em julho do ano passado e impôs novas restrições à compra e uso de armamentos no país. Contudo, um dos pontos mais polêmicas do texto é a proibição de novos clubes de tiro construídos próximos a escolas, além de restringir o funcionamento, daqueles que já existem, durante o período de aulas.
Parlamentares da oposição se organizaram para derrubar trechos do decreto e o Palácio do Planalto decidiu construir um acordo para evitar uma possível derrota na votação.
O governo deve apresentar ao Congresso uma proposta que permite que os clubes de tiro instalados próximos a escolas continuem onde estão, mas quer limitar o horário de funcionamento deles para não coincidir com o período das aulas.
Para o senador Jayme Campos (União-MT) é necessário encontrar um meio-termo entre os direitos adquiridos e as novas regulamentações. "Que seja um acordo de forma sensata, respeitando os direitos adquiridos. Muitos clubes de tiro já existiam antes das escolas, agora apenas proibir as futuras que sejam abertas daqui pra frente tudo bem", afirmou o senador.
Já a senadora Rosana Martinelli (PL-MT) se posicionou a favor da posse de armas, destacando que o direito à autodefesa é essencial. "Sou a favor das pessoas terem armas, não vejo problema nenhum, é uma questão de defesa pessoal. E outra, tem arma quem quer, ninguém é obrigado a ter. Quem quiser deve ter essa possibilidade, tendo a liberação, o registro. Também sou CAC e não vejo a atividade esportiva como irregular", disse Martinelli, referindo-se ao registro como Colecionadora, Atiradora Esportiva e Caçadora (CAC).
Outro ponto de vista veio da senadora Margareth Buzetti (PSD-MT), que preferiu adotar uma postura mais cautelosa. "Vamos conhecer o teor do projeto hoje em plenário. Se a proposta for impedir que novos clubes de tiro sejam construídos perto de escolas, ok. Mas não retirar os que já estão funcionando", afirmou, destacando a importância de analisar o texto final do decreto antes de tomar uma posição definitiva.
Fonte: Gazeta Digital
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