Juíza mantém prisão de irmãos acusados de matar Raquel Cattani

Segundo a Polícia Civil, Romero Xavier pagou R$ 4 mil ao irmão Rodrigo Xavier para matar Raquel

A juíza da 3ª Vara da Comarca de Nova Mutum, Luciana de Souza Cavar Moretti, decretou a prisão preventiva dos irmãos Romero Xavier e Rodrigo Xavier, mentor intelectual e executor, respectivamente, do assassinato de Raquel Cattani. Os dois foram presos em flagrante na noite da quarta-feira (24.07) e passaram por audiência de custódia nesta quinta-feira (25.07).

Romero estava na residência do ex-sogro, o deputado estadual Gilberto Cattani, em Nova Mutum. E Rodrigo estava na casa dele, em Lucas do Rio Verde (354 km de Cuiabá). Raquel Cattani foi assassinada a facadas na sexta-feira (19.07), no assentamento Pontal do Marape, zona rural de Nova Mutum.

Segundo a Polícia Civil, Romero Xavier pagou R$ 4 mil ao irmão Rodrigo Xavier para matar Raquel. “Tanto na entrevista quanto em interrogatório, ele afirmou categoricamente que recebeu R$ 4 mil para cometer o crime, e inclusive já havia utilizado R$ 1.500 para comprar um carro”, contou o delegado Guilherme Pompeu, em entrevista coletiva.

Nesta quinta, circulou nas redes sociais um vídeo no qual o suspeito estaria sendo hostilizado por uma amiga da família da vítima.  O registro teria sido feito no dia em que Raquel foi encontrada morta.
 

Investigações

A Polícia Civil entrevistou 150 pessoas, no período de seis dias de diligências, para esclarecer o assassinato de Raquel Cattani. Foram ouvidos familiares da vítima, amigas, vizinhos, trabalhadores de empresas da região, moradores do assentamento Pontal do Marape e pessoas que mantiveram contato com o mandante do crime, o ex-marido da vítima.

Na tentativa de ludibriar as investigações, o mandante do crime criou álibis como almoço com os ex-sogros, churrasco com pessoas com as quais não tinha convivência estreita e a ida a boates na cidade de Tapurah, entre a tarde e a noite de execução do crime, com a intenção de reforçar que não seria considerado o principal suspeito do homicídio.

Porém, no decorrer das diligências, as equipes policiais foram reunindo evidências que possibilitaram chegar aos dois envolvidos no crime brutal – o mandante e ex-marido da vítima, e seu irmão, o executor do crime, que montou a cena na residência de Raquel para que a Polícia Civil acreditasse que o crime teria motivação patrimonial

Simulou latrocínio

Para levar a polícia a crer que se tratava de um possível latrocínio, após matar a vítima, o executor do crime quebrou uma televisão e a jogou na parte de fora da casa, e levou alguns objetos pessoais e a motocicleta de Raquel.

Ao ser preso em flagrante na quarta-feira, ele relatou aos policiais civis que jogou o veículo, a arma usada no crime e um celular dentro do rio Verde, em Lucas do Rio Verde.

Nesta quinta-feira (25), as equipes policiais realizaram as buscas no local indicado, com auxílio do Corpo de Bombeiros, para a retirada do veículo do rio. A motocicleta foi encontrada submersa, levada à delegacia em Nova Mutum e passará por perícia.



Fonte: PNB Online
Crédito da Foto: Divulgação