Tabata nega ter 'empurrado' Datena para o PSDB e diz que jornalista é grandinho

Eu vi a fala do Datena e achei engraçada porque ele é bem grandinho para ser empurrado ou colocado no colo de alguém. Ele pode responder pelas próprias escolhas", afirmou Tabata

A deputada Tabata Amaral (PSB), pré-candidata a prefeita de São Paulo, disse que não forçou José Luiz Datena a trocar o PSB pelo PSDB em uma articulação para ser o vice dela na eleição. O apresentador trocou de partido como ela queria, mas não cumpriu o desenho inicial e aceitou ser pré-candidato tucano à Prefeitura da capital paulista.

 

"Eu vi a fala do Datena e achei engraçada porque ele é bem grandinho para ser empurrado ou colocado no colo de alguém. Ele pode responder pelas próprias escolhas", afirmou Tabata, em sabatina promovida pelo portal UOL.

 

 

Datena negou no início da semana ter traído a deputada e afirmou que foi ela quem pediu para que ele se filiasse ao PSDB. "Ela insistiu, eu fui para o PSDB. Se o PSDB me convidou para ser prefeito, o problema é entre ela e o PSDB", declarou o apresentador, que ainda acrescentou. "Foi a Tabata que me jogou no colo do PSDB, e não o contrário."

 

Tabata ainda evita classificar o movimento do ex-aliado como traição e afirma que vai esperar até o dia 27 de julho para que o PSDB honre o acordo feito com ela e indique o vice. Além de Datena, ela citou como possíveis companheiros de chapa os tucanos José Aníbal, Mário Covas Neto e Ricardo Tripoli. "A gente mantém nossa palavra e não volta atrás. Eles PSDB é que têm que explicar por que recuaram e se vão continuar recuando", declarou, acrescentando que sua candidatura não depende do apoio do PSDB.

 

Diante da aliança cada vez mais improvável, o PSB passou a considerar a formação de uma chapa pura, conforme mostrado pelo Estadão. Entre os nomes cotados para a solução "caseira" estão Lu Alckmin, esposa do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), Lúcia França (PSB), esposa de Márcio França (PSB), ministro do Empreendedorismo, e o ex-deputado federal Luciano Pesaro (PSB), também ligado a Alckmin e que já participa da elaboração do plano de governo.

 

Tabata elogiou os companheiros de partido, mas disse que não vai adiantar o debate sobre chapa pura neste momento. Ela reafirmou ser a única pré-candidata à prefeitura de São Paulo, entre homens e mulheres, capaz de dialogar tanto com o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) quanto com o presidente Lula (PT). "Essa é uma coisa que eu sei fazer muito bem: desmontar palanque, colocar de lado as diferenças e focar no que importa", disse ela.


Fonte: Estadão
Crédito da Foto: Reprodução