Presidente da Assembleia e pré-candidato a prefeito de Cuiabá, Eduardo Botelho (União), afirmou que a proposta de tarifa de R$ 1 real para o BRT (Ônibus de Rápido Transporte) por 5 anos, tem que ser amplamente discutida com o governo do Estado.
A declaração revela uma mudança de postura em relação ao tema, que foi proposto pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT), que também é pré-candidato a prefeito da capital. Se antes, Botelho afirmava que era demagogia, agora defende um ‘amplo debate’.
“Na minha opinião não é que não é viável. É uma decisão que tem que ser tomada pelo governo do Estado. Por quê? Na verdade, alguém vai ter que pagar. Você fazer a demagogia e dizer: olha, vamos colocar isso. Não, alguém vai pagar. Então essa conta ela vai ser paga duma forma ou de outra. Agora, se colocar que vai ficar só pra fazer politicagem, pra fazer demagogia, aí é uma discussão que eu não participo. Se quiser fazer uma discussão séria, chamar o governo para vim discutir, para ver se tem possibilidade de achar meios para subsidiar isto beleza. Eu estou pronto.”, afirmou nesta quarta-feira (10).
Apesar de mudar o tom, Botelho manteve a afirmação de que a forma como o projeto foi apresentado, seria demagogia e que por isso ele não participaria. “O meu trabalho é sério, meu trabalho é verdadeiro, são com entregas com que dá resultado, não é com mentiras factoides”, reafirmou.
A discussão iniciou após apresentação do projeto de Lei que determinar a obrigatoriedade de licitação pública para a concessão do serviço para operação do Ônibus de Rápido Trânsito (BRT) em Cuiabá e Várzea Grande, com o valor da passagem de R$ 1 pelos primeiros 5 anos na semana passada.
Na sessão de terça-feira (9), Lúdio apresentou os valores do subsídio e da receita de onde os recursos sairiam para subsidiar o valor da tarifa de R$ 1 real. Segundo o quadro apresentado durante a sessão, o Estado passaria a subsidiar R$ 3,95 por passagem, já que o valor atual da tarifa é de R$ 4,95.
O total do subsídio anual será de R$ 40.764 milhões. O valor total do subsídio em 5 anos seria de R$ 203.822 milhões. “O projeto de Lei que apresentei traz a Fonte dos recursos que irão custear a tarifa a R$ 1 Real. Será o recurso da venda dos vagões do VLT [Veículo Leve sobre Trilhos], que é um recurso novo, que não está previsto em Plano Plurianual, Lei Orçamentária, advindo exatamente da venda dos vagões do VLT. R$ 793 milhões de acordo com o cálculo do governo”, disse o parlamentar.
O projeto está em tramitação pelas Comissões responsáveis.
Fonte: Gazeta Digital
Crédito da Foto: Diogo Palomares