Dois dos 3 senadores de Mato Grosso afirmaram que votarão favoráveis ao projeto de lei que legaliza os jogos de azar no país, como cassinos, jogo do bicho, apostas esportivas, bingos, jogos de habilidade e corridas de cavalos.
O polêmico projeto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na semana passada e deverá entrar em votação no Plenário da Casa.
Enquanto os senadores Jayme Campos (União) e Margareth Buzetti (PSD) concordam com a proposta, a senadora Rosana Martinelli (PL) prega cautela e diz que ainda estudará a proposta para definir o seu voto.
"Eu prefiro ainda não opinar. Acredito que ainda sofrerá alterações. E nós precisamos de cautela porque o assunto é polêmico. Temos que ver se as apostas só serão permitidas com cartão de crédito e débito, porque assim dificulta a lavagem de dinheiro", justificou.
Buzetti afirma que sempre defendeu a regulamentação dos jogos de azar no país diante de medidas que coíbam a lavagem de dinheiro e o crime organizado nos jogos. "O uso do cartão de crédito é fundamental nessas casas, porque assim fica difícil que estes empreendimentos sejam usados para lavagem de dinheiro", lembrou.
Para ela, a regulamentação dos cassinos, causará impacto no sistema financeiro do crime organizado, já que atualmente os cassinos clandestinos são tocados por facções criminosas. "É preciso reconhecer isso e resolver o problema. Nós já regularizamos a loteria. Agora é preciso avançar a legislação dos demais jogos. Eu sou favorável ao projeto", defendeu.
Campos, que votou favorável ao marco regulatório dos jogos na CCJ, disse que manterá o seu entendimento, e destacou que a regulamentação ajudará o Estado economicamente.
"O Brasil é um céu aberto de jogatina. E agora nós vamos regulamentar. Não tem mais volta. E podemos recolher esses recursos através dos impostos para aplicar em políticas públicas que voltarão aos cidadãos. E isso é importante", disse.
"Sem falar no turismo. Hoje no mundo inteiro existem pontos turísticos para jogos. E aqui não será diferente. Vamos criar um mercado de empregos e de oportunidades", completou.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, por 14 a 12 votos, relatório sobre o Projeto de Lei 2.234/2022, que veio da Câmara dos Deputados, onde foi aprovado, e tramita no Senado desde 2022.
Conte: A Gazeta
Crédito da Foto: Assessoria