'Negócio que caiu do céu', avalia Mauro sobre venda do VLT

Mendes diz que o valor é o que ele esperava, já que é igual ao que o Estado pagou na compra dos vagões em 2014, mas com correção monetária

O governador Mauro Mendes (União) classificou a venda dos vagões do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) para o estado da Bahia como uma oportunidade que "caiu do céu". A acordo prevê a venda do material por R$ 793,7 milhões e a oficialização da venda ocorrerá na próxima semana no Tribunal de Contas da União (TCU).  

 

“Eu agradeço a oportunidade que caiu do céu. Ficar demandando com aquela empresa por décadas na Justiça, a mercê de algo que poderia acontecer daqui a 10, 20, 30 anos de sermos ressarcidos. Estamos vendendo, está previsto na próxima semana a assinatura do contrato. Mas eu repito, foi um negócio que caiu do céu e nós vamos ser ressarcidos de tudo que pagamos, não aproveitamos e estamos recuperando de volta esse valor corrigido”, disse o governador nesta quinta-feira (20).  

 

Mendes diz que o valor é o que ele esperava, já que é igual ao que o Estado pagou na compra dos vagões em 2014, mas com correção monetária. Os R$ 793 milhões serão depositados na Fonte 100, ou seja, não serão recursos carimbados.

 

Com isso, o governador afirmou que o recurso será aplicado nas obras do Bus Rapid Transit (BRT) e na compra dos ônibus utilizados pela empresa que operacionalizará o modal. A Bahia pagará o montante de R$ 793,7 milhões em 4 parcelas anuais até 2027. Como garantia, o estado colocou recursos do Fundo de Participações dos Estados (FPE) que recebe da União.  

 

A logística para a transferência dos 40 vagões e todo o material rodante para a sede da fábrica da CAF Brasil (quem fabricou o VLT), localizada na cidade de Hortolândia (SP), começará em novembro deste ano, sendo o Estado da Bahia responsável pelo transporte. A passagem dos vagões para a sede da CAF Brasil se deve pela necessidade de restabelecimento técnico para retomarem a sua capacidade operacional.

 

O acordo contempla o projeto do governo de Mato Grosso, que decidiu trocar o modal VLT pelo BRT, ainda em dezembro de 2020. Com a transação, Mato Grosso consegue recuperar para os cofres públicos mais de 50% do valor total aplicado nas obras do VLT, planejados para os jogos da Copa do Mundo de 2014 e nunca concluído. Em Cuiabá e Várzea Grande o novo modal está em fase de implantação.



Fonte: Gazeta Digital