Líder da bancada federal de Mato Grosso, a deputada federal Coronel Fernanda (PL), disse que indígenas vem sendo estrategicamente “plantados” em determinadas regiões do Estado para forçar a demarcação de terras já habitadas. Durante entrevista ao Jornal da Cultura (98.3 FM), a parlamentar usou como exemplo o município de Santa Cruz do Xingu (1.085,1 km da Capital), que, segundo ela, pode “perder” 40% de seu território para os povos tradicionais por conta de 4 indígenas que estariam vivendo em uma área dentro do perímetro urbano.
“Tem 4 índios morando em uma área e a Funai quer tirar 40% de Santa Cruz do Xingu, não é área rural, mas sim urbana. Querem transformar em aldeia indígena para trazer 4 índios. Tem uma região em Colniza e tem 1 suposto índio que está vivendo em uma fazenda que nunca ninguém viu”, disse nesta segunda-feira (3).
Fernanda aponta a situação como uma manobra. No entanto, o município citado pela parlamentar já é historicamente povoado pelos povos indígenas há décadas. Na cidade está situado a Terra Indígena Kapôt Nhĩnore, que se estende por 362.243 hectares nos municípios de Vila Rica e Santa Cruz do Xingu e São Félix do Xingu, no Pará. Uma das maiores lideranças indígenas do Estado, Cacique Raoni, nasceu nessa região.
No ano passado, Fernando articulou a aprovação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os processos de demarcação, uso e gestão de terras indígenas. Na avaliação dela, existe um grande conflito dos povos tradicionais, produtores e proprietários de terras.
“Não pode você plantar na área vestígios indígenas, sendo que aquela área não foi... Tem que demarcar as terras que são legais e não as que qualquer um quer demarcar. Estive no Araguaia para ver uma suposta área indígena, quando você lê a história da região, não é bem isso.”, contestou.
Fernanda ainda acrescentou: “Mato Grosso está sofrendo um ataque direto por conta da moratória da soja, demarcações de terras indígenas, criação de parques. Todo mundo está preocupado com o meio ambiente, mas ninguém está preocupa com o ser o humano. Estão muito mais preocupados com os animais”, disse.
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