STF mantém pena de publicitária de MT que foi condenada por participar dos atos golpistas

Após perder um filho, com depressão e à base de remédios, Tosato embarcou numa saga para ‘proteger o Brasil do comunismo’, como disse em uma de suas redes sociais

Por unanimidade, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) negaram o recurso proposto pela publicitária cuiabana Simone Dias Tosato e mantiveram a sentença da mato-grossense a 13 anos e 6 meses anos de prisão. Tosato é uma das bolsonaristas presas no ‘Dia da Infâmia’, após invadir as sedes dos Três Poderes em janeiro de 2023.

 

Os membros da Corte votaram com o relator no sentido de que, ao pedir intervenção militar, o grupo do qual faziam parte tinha intenção de derrubar o governo democraticamente eleito em 2022. ‘Ele observou que, conforme argumentado pela Procuradoria Geral da República (PGR), trata-se de um crime de autoria coletiva (execução multitudinária) em que, a partir de uma ação conjunta, todos contribuíram para o resultado’, antecipou o ministro Alexandre Moraes em seu voto.

 

Simone Tosato assumiu a postura golpista, ao fim das eleições de 2022. Após perder um filho, com depressão e à base de remédios, Tosato embarcou numa saga para ‘proteger o Brasil do comunismo’, como disse em uma de suas redes sociais.

 

Em novembro, Simone ‘se mudou’ para o acampamento em frente ao QG do Exército, em Brasília. De lá, Simone passou a publicar conteúdos políticos com mais intensidade. Publicações feitas por ela mesma mostram que seus amigos tentaram intervir, chamando-a para retomar sua carreira em Cuiabá. Porém, Simone respondia que estava decidida a proteger o Brasil ‘do comunismo’.

 

Tosato foi presa dentro do Palácio do Planalto e ficou na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (Colmeia) de janeiro a agosto, quando foi liberada a voltar para sua casa mediante o cumprimento de medidas cautelares e uso de tornozeleira eletrônica.

 

Segundo o voto do relator, o acórdão recorrido analisou com exatidão a integralidade da pretensão jurídica deduzida, de modo que, não se constatou a existência de nenhuma das deficiências apontadas pelas defesas dos bolsonaristas.




Fonte: Jornal A Gazeta