Os dados da terceira semana de abril apresentaram retração de 4,14% no custo da cesta básica em Cuiabá, atingindo uma média de R$ 768,59. O valor atual vai na contramão do verificado na semana anterior, quando chegou a R$ 801,77.
O levantamento do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio-MT (IPF-MT) relaciona a variação expressiva do mantimento à volatilidade dos produtos hortifruti no período.
O superintendente da Fecomércio-MT, Igor Cunha, destaca a oscilação dos produtos como a batata, tomate e banana, que apresentaram variações negativas de 25,90%, 17,71% e 6,93% em seus preços nesta semana, respectivamente. “A volatilidade dos produtos hortifruti tem sido o fator de maior impacto nas variações da cesta básica em Cuiabá, visto principalmente nas três primeiras semanas de abril”.
A diminuição no preço da batata, que passou a custar R$ 6,48/kg na média, pode estar relacionada ao clima favorável para produção e ao ritmo acelerado da colheita, fatores que contribuem para o aumento da oferta do tubérculo. Na comparação com a mesma semana de 2023, o produto segue com valor atual 12,18% maior, quando o averiguado foi de R$ 5,77/kg.
Segundo análise do IPF-MT, o produto alcançou seu menor valor averiguado no ano e assim como os outros do hortifruti que oscilaram para menos, pode indicar uma tendência positiva para o consumo.
A banana está em patamar mais equilibrado nestes primeiros meses do ano com os atuais R$ 9,87/kg. A queda no valor atual do fruto pode estar relacionada ao aumento da disponibilidade do produto nas gôndolas, ocasionado pela maior produtividade e oferta no período. Também na comparação anual, a banana permanece pela quarta semana consecutiva acima do valor médio encontrado no mesmo período do ano passado, de R$ 8,79/kg.
No caso do tomate, também há queda, passando de R$ 12,10/kg para R$ 9,96/kg, o que pode ter relação com as questões do clima, que aumentaram a oferta da fruta, assim como a retração da demanda após os altos patamares das semanas anteriores, que pode ter afetado os preços observados nas gôndolas.
O superintendente da federação conclui que “apesar do patamar mais baixo na semana, a atenção se volta para as variações do hortifruti e seu impacto sobre o preço da cesta e o comportamento do consumo na capital. Apesar dessas oscilações, alguns alimentos como a carne bovina, leite, feijão e farinha de trigo se mostram em patamar menor que no mesmo período de 2023, cenário que contribui para o consumo das famílias”.
Fonte: Gazeta Digital