Ex-deputado e empresários do Agro de MT estão na mira da PF

Segundo a revista, a participação de empresários do Agro teria sido muito mais forte, tanto financiando, quanto pressionando Bolsonaro para colocar em prática o golpe planejado

O atual presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), Nilson Leitão, e outros empresários do Agronegócio de Mato Grosso, poderão constar nos novos depoimentos do delator Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).    A informação é da IstoÉ, que detalha a participação de políticos e empresários do agronegócio na tentativa de golpe de Estado, contida no inquérito da Polícia Federal (PF).  

 

Segundo a revista, a participação de empresários do Agro teria sido muito mais forte, tanto financiando, quanto pressionando Bolsonaro para colocar em prática o golpe planejado.

 

“Por trás dos ruralistas está a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), a mais forte do Congresso, e seu órgão formulador e de assessoramento técnico, o Instituto Pensar Agro (IPA), dirigido pelo ex-deputado Nilson Leitão (MT), conhecido bolsonarista. O IPA representa os interesses legítimos do agronegócio, mas também abriga a direita ruralista que embarcou na tentativa de ruptura”, diz trecho da reportagem publicada em 16 de fevereiro.  

 

A reportagem ainda aponta que em seus depoimentos, Cid colocou o agronegócio no centro da articulação golpista.  

 

“General! Os líderes, né? Os empresários do agro que estão financiando (…) tiveram os bens bloqueados e foram chamados a depor”, revelou Cid em uma troca de mensagens com o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, que questionava quais os civis apoiavam a elaboração do decreto golpista.  

 

“Ele se referia a 45 empresários do agro, a maioria de Mato Grosso, que tiveram bens bloqueados em novembro por decisão do ministro Alexandre de Moraes depois que se descobriu que bancavam os atos antidemocráticos em Brasília em dezembro”, continua a reportagem.  

 

As citações feitas por Mauro Cid em relação ao agronegócio deverá ser analisada com maior profundidade pelos investigadores e o agora colaborador da Justiça deverá prestar novos depoimentos e citar nominalmente quais empresários do agronegócio doaram para a escalada golpista que não obteve êxito em 8 de janeiro de 2023.



Fonte: Gazeta Digital