Kelvin Kiptum, maratonista recordista mundial, morre aos 24 anos em acidente de carro

Kiptum bateu o recorde mundial em outubro do ano passado, na tradicional Maratona de Chicago, nos Estados Unidos.

O queniano Kelvin Kiptum, atual recordista mundial de maratona, morreu no domingo (11), vítima de um acidente de carro. Gervais Hakizimana, treinador do atleta de 24 anos, também estava no veículo e, assim como o pupilo, não resistiu. Eles trafegavam em rodovia entre as cidades de Eldoret e Kaptgat, em região do Quênia conhecida por ser base de treinamento para maratonistas em razão de sua altitude.

 

Kiptum bateu o recorde mundial em outubro do ano passado, na tradicional Maratona de Chicago, nos Estados Unidos. Era apenas a terceira maratona da carreira do queniano, que impressionou a todos ao cruzar a linha de chegada com um tempo de 2h00min35s. Com isso, superou o recorde de 2h01min09s até então defendido pelo compatriota Eliud Kipchoge, por uma diferença superior a 30 segundos

 

"Meu objetivo era quebrar o recorde do percurso, mas veio o recorde mundial, estou muito feliz. Um recorde mundial não estava em minha mente, mas eu sabia que um dia poderia ser o recordista mundial", disse o maratonista no dia em que bateu a marca, que foi ratificada pela World Athletics, a Federação Internacional de Atletismo, na semana passada.

 

A morte foi confirmada pela corredora Milcah Chemos, medalhista olímpica dos 3000 metros com obstáculos. Chemos disse que foi ao hospital com alguns atletas que ficaram sabendo do acidente. Familiares de Kiptum também estiveram no local para identificar o corpo. De acordo com a imprensa queniana, uma mulher estava no carro e foi levada ao hospital com ferimentos graves.

 

A morte do jovem atleta foi lamentada por Sebastian Coe, presidente da World Athletics. "Nós estamos chocados e muito tristes de tomar conhecimento da morte de Kelvin Kiptum e seu técnico, Gervais Hakizimana. Em nome da World Ahletics, mandamos profundas condolências à sua família, aos seus amigos, aos colegas de equipe e à toda a nação queniana", afirmou.