Acomodando 14 dos 30 municípios mais ricos do Centro-Oeste, Mato Grosso tem sido terreno fértil para outras atividades econômicas estimuladas pelo agronegócio.
O mercado imobiliário é um dos segmentos que tem expandido suas ramificações para cidades do interior do Estado que são polos de produção agrícola e registram Produto Interno Bruto (PIB) acima da média regional e nacional.
É o caso, por exemplo, de Rondonópolis - 2º maior PIB do Estado, com R$ 17,2 bilhões -, seguido por Sorriso (R$ 12,5 bilhões), Várzea Grande (R$ 9,9 bilhões) e Sinop (R$ 9,6 bilhões), conforme levantamento divulgado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Completam o ranking regional os municípios de Sapezal, Primavera do Leste e Campo Novo do Parecis, todos com R$ 6,9 bilhões, seguidos de Lucas do Rio Verde (R$ 6,8 bilhões) e Nova Mutum (R$ 6 bilhões).
De acordo com o presidente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi/MT), Marco Pessoz, a Capital sempre será atrativa para investimentos imobiliários por agregar uma série de serviços na área de saúde, educação e administração pública. Diversos municípios mato-grossenses, contudo, também tem propiciado melhores oportunidades de negócios pelo crescimento econômico e populacional.
"A riqueza gerada e o potencial de investimentos faz com que as empresas do setor da construção e incorporação avancem para essas localidades", observa.
"Municípios como Rondonópolis, Sinop, Sorriso e Primavera do Leste, por exemplo, tem tido expansão do agronegócio, aumento da população e da renda per capita, tornando-se mais interessantes para o mercado imobiliário", reforça.
Para o presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Mato Grosso (Creci/MT), Claudecir Contreira, Mato Grosso é a bola da vez, com índices que demonstram crescimento econômico superior à média do país, como baixa taxa de desemprego e desempenhos positivos no comércio, indústria e agropecuária. Investimentos na infraestrutura logística de transporte no interior do Estado também favorece a expansão do mercado imobiliário, complementa a diretora de Incorporação da Edificatto, Gisele Barco Matos.
"No interior, a procura é maior por loteamentos em condomínios fechados. Na Capital, depende muito da faixa de renda onde (o investidor) está enquadrado, mas os investimentos estão muito ligados ao acesso à saúde e educação. Grandes centros em rotas litorâneas no nordeste e no sul do país também atraem investimentos aportados por mato-grossenses", conclui Contreira.
Mato Grosso vem sendo a cereja do bolo quando se trata de valorização imobiliária e isso se deve a vários aspectos, incluindo a pujança do agronegócio, reforça o CEO da Foco Empreendimentos, Tiago Borba. Embora a valorização imobiliária em capitais seja mais acentuada, algumas cidades têm se sobressaído, como é o caso de Sorriso, que registrou valorização imobiliária de 80% nos últimos 3 anos, observa.
Fonte: Gazeta Digital