Em 6 de fevereiro de 1952 nascia em Cuiabá um dos mais ilustres personagens da política em Mato Grosso, Dante Martins de Oliveira. Reconhecido pela luta na redemocratização do Brasil após a Ditadura Militar, Dante completaria 72 anos esta semana. Para celebrar seu aniversário, na terça-feira (06), estreia o filme documental “A Primavera de Dante”, primeiro de uma trilogia, às 19h, no Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros. A entrada é franca.
Com pouco mais de 36 minutos, o média-metragem retrata a trajetória de Dante de Oliveira desde a infância até a vida adulta, seu percurso acadêmico, político e sua participação em movimentos sociais e de resistência, como o MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro). O primeiro de três episódios de “A Primavera de Dante” vai mostrar o caminho percorrido pelo líder estudantil, estudante de Engenharia na UFRJ, o início de sua trajetória política como parlamentar estadual e federal, sua relação com Ulysses Guimarães e a luta pela redemocratização do Brasil.
“Dante de Oliveira merecia mesmo um filme a altura. Foi uma pessoa pública tão importante que hoje empresta seu nome para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Sua proposta de restabelecer as eleições diretas para presidente da república culminou no movimento Diretas Já, há 40 anos, que o projetou nacionalmente. Um momento crucial para a redemocratização do país tem como um de seus principais protagonistas um mato-grossense, e isso é motivo de muito orgulho”, assinala José Paulo Traven, produtor executivo do filme.
Com imagens de arquivo raríssimas, entre fotografias e vídeos históricos, o documentário remonta a trajetória de Dante a partir de depoimentos de familiares, amigos, companheiros de luta e historiadores. Conta ainda com breves inserções de cenas reconstituídas por atores, ao estilo Discovery, remontando trechos de sua infância, adolescência e fase adulta. O operador de áudio da Assembleia Legislativa, Vicenzo Zaleski, interpreta Dante na fase adulta (muito parecido, a propósito), Pedro Jorge Pederneiras é Dante aos 9 ano, e Pedro Macedo interpreta Dante adolescente.
Entre os depoimentos estão o da mãe de Dante, Maria Martins de Oliveira, o da viúva Thelma de Oliveira, os depoimentos dos irmãos Armando, Inês e Yolanda, os amigos Guilherme e Frederico Muller, Júlio Muller Neto e Aluísio Arruda, as observações dos historiadores João Antonio Lucidio e Luíza Volpato, além da argumentação do analista político João Edisom de Souza.
“A democracia é algo pelo qual lutamos o tempo todo, e esse documentário deixa isso muito evidente. Difícil falar sobre democracia no Brasil sem lembrar de Dante de Oliveira. Esse primeiro episódio remonta a infância de Dante, passa pela adolescência em Cuiabá, sua formação política no Rio de Janeiro e chega até um dos momentos mais importantes da nossa história recente, tendo Dante como um dos principais protagonistas, um personagem que amplificava milhões de vozes anônimas que clamavam por liberdade”, adianta Traven.
Com produção executiva e argumento de José Paulo Traven, pesquisa de João Antonio Lucidio, direção de Leonardo Sant’Ana, fotografia de Kelven Queiroz, o documentário é uma realização da Primigenia, Terra do Sol Filmes e Associação Mato-grossense de Inclusão Sociocultural/AMISCIM, com patrocínios da Assembleia Legislativa de Mato Grosso e Governo de Mato Grosso, via Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer. Direção de produção de Giulia Costa, som direto e assistente de câmera Ricarte Oliveira, edição e colorista Murilo Nascimento, tratamento de som de Eduardo Lehr, produção de Anna Magalhães e direção de arte e figurino Laís Wrzesinski.
Serviço
Estreia o filme documental “A Primavera de Dante” (parte um de três)
No Teatro Do Cerrado Zulmira Canavarros
Terça-feira, 6 de fevereiro às 19h
Entrada franca
Fonte: Gazeta Digital