As obras do Ônibus de Transporte Rápido (BRT), tiveram início na avenida do CPA durante o fim de semana após decisão do juiz Flávio Miraglia determinar que a prefeitura não intervenha e coloque obstáculos na construção. Acontece que, nesta segunda-feira (29), as mudanças já começaram a afetar o trânsito na região.
A reportagem esteve no local e conversou com alguns motoristas que disseram que, no horário de pico, o trânsito tende a ficar congestionado. Durante a obra, somente uma pista vai estar liberada para quem segue no sentido CPA - Centro.
Hellen Siqueira, moradora da região, disse que já tem o costume de sair cedo de casa, mas com essa mudança precisará se adiantar ainda mais para não chegar atrasada em seus compromissos. A obra, com seu avanço, pode mudar a rotina não só dela, mas de muitos moradores e trabalhadores da região.
"Eu sempre costumo sair de casa mais cedo, não gosto de dirigir correndo e por conta do trânsito, né? Hoje já percebi que vou precisar me adiantar ainda mais, porque a obra ta perto do hospital e de uma creche, então já no primeiro dia percebemos o caos que irá ser", explicou.
Já Paulo César entende que o avanço da obra pode sinalizar uma mudança na rotina de quem precisa passar pela região, mas destacou que a construção é necessária, pois irá trazer mudanças boas a capital.
"Atrapalha um pouco trânsito, mas para mim não tem problema, acho que é algo necessário para melhorar as coisas, em breve ficará bom", pontuou.
O traçado passará por importantes regiões como o Aeroporto Marechal Rondon e pela Universidade Federal do Mato Grosso.
Com extensão de 31 km, ligando os municípios de Várzea Grande e Cuiabá, o corredor do modal vai beneficiar cerca de 250 mil usuários do transporte público, facilitando a mobilidade urbana, além de estimular o desenvolvimento econômico e social de toda a região. O projeto contará com ônibus elétricos, 46 estações e três terminais, sendo um em Várzea Grande (Terminal André Maggi) e outros dois em Cuiabá, nos bairros Morada da Serra e Parque Ohara.
Aprovado pelo Governo do Estado, o projeto ainda prevê o reaproveitamento das áreas de infraestrutura já executadas para a implantação do VLT, além de obras complementares como ciclovias, pista de caminhada, parque linear e calçadas.
Fonte: Gazeta Digital