O prefeito de Chapada dos Guimarães, Osmar Froner, protocolou ofício junto à Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) solicitando a criação de um comitê de risco para tratar das áreas críticas da cidade. Desde dezembro o trecho do Portão do Inferno, na MT-251, tem registrado deslizamento de terra, o que causou a interdição da estrada. A medida tem impactado diretamente a economia local, que tem como base o turismo.
Segundo o gestor, o comitê contaria com representantes da Sinfra, prefeitura e Defesa Civil para avaliar os trechos e definir de forma clara as medidas a serem tomadas quando as ações preventivas e também obra definitiva, como o túnel que foi apresentado como alternativa.
O prefeito cita a Lei 14.750, aprimorada em 2023, que trata de instrumentos de prevenção de acidentes ou desastres e de recuperação de áreas por eles atingidas, as ações de monitoramento de riscos de acidentes ou desastres e a produção de alertas antecipados. No documento encaminhado ao secretário Marcelo Padeiro, da Sinfra, consta a necessidade de monitoramento de risco e alerta antecipado “visando, assim, promover a gestão da trafegabilidade de veículos, das obras emergenciais e definitivas no trecho da Rodovia Estadual MT-251, ponto crítico no Portão do Inferno, no limite dos municípios de Chapada dos Guimarães e Cuiabá”.
Além do Portão do Inferno, há registros de movimentação de rochas no trecho que abrange a Salgadeira.
“Nos preocupa muito essa condição. Viemos de uma situação difícil com a pandemia, com perdas na hotelaria, na gastronomia. Hoje percebo uma queda de 50% o movimento de visitantes na cidade. Estávamos esperando maior público agora, com a praça nova, a rua coberta, mas há esse receio de quem sobe para Chapada de encontrar a rodovia fechada”, disse.
Além de redução de pessoas na cidade, outro ponto que afeta o comércio local é o encarecimento dos fretes. Segundo o prefeito, a logística triplica de valor quando é preciso adotar a rota pela BR-364, passando pela Serra de São Vicente e Campo Verde.
Para contornar a situação enquanto não há uma ação definitiva no local, o prefeito sugere que o trânsito fique em meia pista, no esquema pare e siga nos dias de semana. Em caso de chuva, que o tráfego seja fechado durante o temporal e aberto assim que os técnicos responsáveis constatem o escoamento total da água. Assim, pessoas que desejam chegar à cidade terão a segurança de poder passar pelo trecho.
Além disso, pede que a carga máxima dos veículos suba de 3,5 toneladas permitidas agora para ao menos 8 toneladas. “Tem muitos pequenos negócios que usam carretinhas e caminhonetes para fazer suas compras em Cuiabá. Aumentar esse preso ajudaria essas comerciantes, pois o fechamento há está afetando muito o abastecimento da cidade”, argumenta.
O ofício com o pedido ainda não avaliado.
Fonte: Gazeta Digital