Um ano depois, 10 extremistas de MT estão no banco dos réus

Os danos estão estimados em R$ 25,6 milhões: R$ 4,6 milhões no Planalto, R$ 4 milhões no Senado, R$ 5 milhões na Câmara e, na sede do STF, que foi o prédio mais atingido, as avarias são estimadas em R$ 12 milhões

Passado exatamente um ano após a tentativa de golpe de 8 de janeiro e atualmente denominado como o Dia da Infâmia, o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda mantém 66 pessoas presas por conta dos atos. Dentre eles ao menos dez são de Mato Grosso. Ao todo estiveram em prisões masculina e feminina do Distrito Federal 107 mato-grossenses - o levantamento foi feito com exclusividade pela Gazeta à época dos fatos.

 

Além dos presos nos dias 8, nas dependências dos Três Poderes, ou no dia 9 nos acampamentos em frente aos quartéis, políticos como a deputada federal Coronel Fernanda e o candidato a senador derrotado, Antônio Galvan também estão sendo investigados pela Justiça e Abílio Brunini (PL) responde a processo por quebra de decoro parlamentar.

 

O processo que tramita em segredo de Justiça, no STF, está concluso ao relator desde outubro de 2022. Coronel Fernanda responde por supostamente ser uma das financiadoras dos atos golpistas de 8 de janeiro. Já Antônio Galvan, presidente da Aprosoja Brasil, que foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal em 2021, é acusado de mobilizar e financiar a manifestação de 7 de setembro que pedia intervenção militar também espera um desfecho das investigações.

 

Na esfera administrativa, Abílio tenta se defender de um processo por quebra de decoro parlamentar. Brunini fez uma transmissão de 16 minutos nas suas redes sociais, dentro do Salão Verde da Câmara, em 10 de janeiro de 2023. Ao seu público, mostrava o local e dizia que praticamente não teve estrago na ação dos vândalos.

 

Já no STF, a moradora de Colíder, Rosely Pereira Monteiro, inaugurou a leva de moradores de Mato Grosso que foram condenados pelo STF. Além dela, outros dez estão no banco dos réus e devem ter suas condutas julgadas nas primeiras sessões de fevereiro, quando acaba o recesso forense. Apesar do prazo, a maioria dos ministros já depositou seus votos, na modalidade virtual, ratificando a decisão do relator Alexandre de Moraes que condena os acusados com penas que variam de 14 a 17 anos de prisão.

 

Além das prisões, medidas cautelares e condenações, os envolvidos nos atos terão que arcar juntos com os prejuízos materiais provocados pela balbúrdia. Os danos estão estimados em R$ 25,6 milhões: R$ 4,6 milhões no Planalto, R$ 4 milhões no Senado, R$ 5 milhões na Câmara e, na sede do STF, que foi o prédio mais atingido, as avarias são estimadas em R$ 12 milhões.


Fonte: Gazeta Digital