O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, comentou nesta segunda-feira (4) que há um crescimento significativo tanto de receitas quanto de despesas de viagens internacionais em outubro. Apesar disso, o déficit em viagens segue abaixo de valores pré-pandemia. “As viagens (saldo líquido) ainda não se recuperaram, mas as receitas estão em valores recordes porque o ingresso de turistas no Brasil já supera os valores pré-pandemia. Estamos vendo isso ao longo do ano”, disse.
De acordo com ele, a receita com viagens em outubro foi a maior para o mês da série do BC, iniciada em 1995. Por outro lado, as despesas de turistas brasileiros no exterior em outubro ainda estão abaixo dos gastos registrados em outubro de 2019.
Pelos dados do BC divulgados mais cedo, a conta de viagens internacionais registrou déficit de US$ 679 milhões em outubro, refletindo a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil no período. Em outubro de 2022, o déficit nessa conta foi de US$ 653 milhões. O desempenho da conta de viagens internacionais em outubro foi determinado por despesas de brasileiros no exterior, que somaram US$ 1,329 bilhão. Já o gasto dos estrangeiros em viagem ao Brasil ficou em US$ 650 milhões em outubro.
No acumulado de 2023, o saldo líquido da conta de viagens ficou negativo em US$ 6,637 bilhões. No mesmo período do ano passado, o déficit nessa conta foi de US$ 6,017 bilhões.