Em encontro com a Polícia Militar, membros do Ministério Público e Judiciário, Fabio Garcia (União), chefe da Casa Civil de Mato Grosso, defendeu que o Brasil precisa voltar a debater a implantação de penas mais duras e até mesmo a possibilidade da prisão perpétua e da pena de morte em circunstâncias extraordinárias.
Segundo o secretário, nem mesmo os investimentos feitos pelo Poder Público no combate à criminalidade são capazes de impedir a repetição de casos como o da chacina ocorrida em Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá), quando 4 mulheres foram mortas.
Para Garcia a Segurança Pública não é uma atribuição exclusiva da polícia e a situação do suspeito da morte da mãe e de 3 filhas ocorrida na última semana em Sorriso deixa claro que há a necessidade de se mudar a legislação. Isso porque o suspeito tinha contra si dois mandados de prisão em aberto, por latrocínio, roubo com resultado morte, e abuso sexual.
“Não podemos mais conviver em uma sociedade que permite que esse tipo de cidadão volte a conviver com pessoas inocentes. Apesar de todo o investimento que o Poder Público pode fazer no combate à criminalidade, se não mudarmos a legislação, se não endurecermos as penas, nós vamos conviver com crimes bárbaros que vão continuar a chocar a nossa sociedade”, disse o chefe da Casa Civil.
Na avaliação de Fabio, quando um crime como esse ocorre, é preciso reconhecer que as instituições falharam. “Isso me leva a ter a absoluta convicção de que as nossas leis precisam ser mudadas, alteradas, endurecidas e, seja pelo motivo que for, na minha concepção, uma pessoa como essa jamais poderia ter saído do sistema prisional, jamais poderia ter voltado para a sociedade”.
“Falar em prisão perpétua, em pena de morte, parece algo muito duro, mas somente nesse crime, uma mulher e 3 crianças morreram. Chegou o momento de o Brasil discutir seriamente prisão perpétua e discutir seriamente a possibilidade de implantar a pena de morte por algumas circunstâncias extraordinárias”, afirmou Garcia ao defender que deputados e senadores devem voltar a debater a adoção de mecanismos como a prisão perpétua e até mesmo a pena de morte.