Sistema BRT previsto para ser implantado apenas em 2025, segundo o governo

O contrato assinado entre o governo e o Consórcio BRT Cuiabá, em outubro de 2022, estipulava um prazo de 720 dias para a conclusão das obras, ou seja, até o final de 2024

O governo estadual de Mato Grosso reconheceu que as obras do sistema de Bus Rapid Transit (BRT) nas cidades de Várzea Grande e Cuiabá não serão concluídas no prazo originalmente acordado, que era outubro de 2024. Em um comunicado, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) informou que a entrega completa do novo sistema de transporte será realizada em fevereiro de 2025, resultando em um atraso mínimo de quatro meses.

O vice-presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre), Massimo Andrea Giavina Bianchi, comentou que o prazo inicial era impossível de ser cumprido e que os custos provavelmente ultrapassarão significativamente o montante necessário para concluir o antigo projeto de Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).

O contrato assinado entre o governo e o Consórcio BRT Cuiabá, em outubro de 2022, estipulava um prazo de 720 dias para a conclusão das obras, ou seja, até o final de 2024. No entanto, as obras do BRT começaram com atraso em abril de 2023. A Sinfra-MT informou que possíveis aditamentos contratuais só serão considerados se forem considerados necessários.

Recentemente, o secretário de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira, sugeriu que seria necessário discutir o andamento das obras com o futuro prefeito de Cuiabá. No entanto, segundo o cronograma oficial, o próximo prefeito deveria receber o sistema de BRT já em funcionamento em janeiro de 2025.

Até o momento, o governo estadual já pagou quase 20% do valor total ao Consórcio BRT Cuiabá, totalizando R$ 88 milhões entre 2022 e 2023. O BRT deverá abranger um trecho de 22 km, mas atualmente apenas o trecho Aeroporto-Porto está em construção, com cerca de 5 km de extensão. O custo total do projeto de BRT está estimado em R$ 468 milhões.

A Sinfra-MT desqualificou as críticas do Simefre, argumentando que a entidade não é uma organização técnica, mas um sindicato que defende os interesses das empresas que representa. A secretaria afirmou que os dados de custos apresentados pelo Simefre não têm respaldo técnico.