Júlio Campos expressou sua preocupação com a falta de critérios no processo de seleção de candidatos pelo partido União Brasil, argumentando que essa falta de clareza levou ao surgimento de interesses de Eduardo Botelho e Fábio Garcia no cargo de prefeito. Além disso, ele indicou que provavelmente apoiará a candidatura de Eduardo Botelho nas eleições de 2024.
Fábio Garcia e o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho, são os principais postulantes do União Brasil para a candidatura à prefeitura de Cuiabá em 2024, o que gerou uma disputa interna no partido para ser o escolhido.
Botelho já manifestou sua intenção de concorrer à prefeitura, seja pelo União Brasil ou por outra legenda, e já recebeu convites de outros partidos. Por sua vez, Fábio Garcia conquistou o apoio de membros do partido, incluindo Gisela Simona, e possui proximidade com o presidente do União Brasil, o governador Mauro Mendes. Ambos têm opiniões diferentes sobre como o nome do candidato deve ser definido.
Júlio Campos avaliou que essa situação complicada surgiu devido à falta de critérios claros do partido para a escolha do candidato. Em um tom bem-humorado, ele apresentou algumas sugestões.
"O ideal para o nosso partido União Brasil seria estabelecer critérios para a seleção do candidato a prefeito, como será o processo de escolha pelo diretório municipal, será por beleza? Será por simpatia? Será por inteligência? Ou será baseado em pesquisas eleitorais qualitativas e quantitativas? Ou será decidido pela votação dos filiados? Temos 4,5 mil filiados no União Brasil em Cuiabá, a base do partido será consultada?".
O deputado também propôs a eleição de um diretório municipal composto por vereadores do partido, deputados estaduais com domicílio eleitoral em Cuiabá, senadores e governadores, que seriam responsáveis por escolher o candidato, com a participação de todos.
"É por isso que existe essa pressão. Se o deputado Botelho ou o deputado Fábio Garcia ou outro interessado, como Júlio Campos, por exemplo, decidir concorrer à prefeitura de Cuiabá, precisamos ter critérios para a escolha".
Júlio também lembrou que em uma reunião ficou acordado que qualquer membro que deseje sair do partido pode fazê-lo sem problemas. Além disso, ele não descartou a possibilidade de seguir Eduardo Botelho caso ele saia do União Brasil e afirmou que "a tendência é apoiarmos o deputado Botelho para prefeito".
"O que foi acordado no início deste ano, em uma reunião que tivemos na sede do União Brasil, é que qualquer membro da bancada estadual ou federal que desejar deixar o partido por razões político-partidárias para concorrer em outra legenda, será liberado sem restrições".