O juiz da Vara Única de Juscimeira, Alcindo Peres da Rosa, optou por manter a prisão de I.H.B.P, acusado do feminicídio de A.R.S em março deste ano. Além disso, o juiz concedeu um prazo de cinco dias para que a defesa do acusado entregue à Justiça o resultado do exame de avaliação de insanidade mental, solicitado por sua defesa.
Em relação à prisão preventiva de I.H.B.P, o magistrado fundamentou que, de acordo com o Código de Processo Penal, a necessidade de manter a medida preventiva deve ser reavaliada a cada 90 dias. Ele destacou que o suspeito foi detido por homicídio qualificado e que ainda não foi concedida liberdade devido à garantia da ordem pública e à gravidade do crime perpetrado.
"Desde a prisão do réu até a data presente, não ocorreram mudanças nas circunstâncias fáticas que justificariam a revogação da medida. Portanto, mantenho a prisão preventiva decretada contra I.H.B.P, decidiu o juiz.
No que diz respeito ao pedido de avaliação de insanidade mental de Igor, o requerimento foi aceito em maio deste ano. Em uma decisão recente, o juiz determinou que a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) seja oficialmente notificada para fornecer o resultado do exame pericial dentro do prazo de cinco dias.
O caso em questão
No dia 3 de março de 2023, a Polícia Militar foi acionada para responder a uma ocorrência em um complexo residencial na Rua Porto Alegre, com informações de que o suspeito havia agredido a ex-mulher com um objeto cortante.
Ao chegarem ao local, a equipe policial não encontrou o homem, mas apenas uma testemunha que estava com a vítima no momento do crime. A mulher já havia falecido.
Conforme o relato da testemunha, o homem chegou em casa durante o horário do almoço e questionou a vítima por ter feito uma chamada de vídeo com a mãe dele. A mulher explicou o motivo pelo qual tinha expulsado o homem de casa.
Logo em seguida, a testemunha ouviu os gritos da mulher, pegou a filha dela e fugiu temendo que o homem também atacasse a criança.
O suspeito foi localizado pouco depois e, ao prestar depoimento à polícia, alegou ter tido uma filha com a vítima e afirmou ter sido alvo de um golpe, sendo obrigado a assumir a paternidade. Ele também afirmou que a mulher desejava se apropriar dos bens que ele possuía em seu nome.