Na terça-feira (11), a Comissão de Indústria, Comércio e Turismo da Assembleia Legislativa realizou um debate sobre o aumento da tarifa do Gás Natural Veicular (GNV) cobrada pela Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás).
A proposta em análise na Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Mato Grosso (Ager-MT) prevê um reajuste de 60%, elevando o preço de R$ 1,52 para R$ 2,41 por metro cúbico de gás.
Durante a reunião extraordinária convocada pelo deputado Diego Guimarães (Republicanos), foram discutidos os impactos do aumento, especialmente para motoristas de aplicativos e taxistas, que seriam diretamente afetados pelo reajuste.
O deputado Wilson Santos (PSD) expressou sua insatisfação com o aumento abrupto de 66% e ressaltou a preocupação com as consequências para todo o setor. Nelson Soares, diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo-MT), também expressou preocupação, afirmando que um aumento desse patamar poderia resultar no colapso do uso do GNV no estado pela terceira vez.
O deputado Diego Guimarães enfatizou que não era o momento adequado para o aumento e convocou todos os envolvidos, incluindo a MT Gás, a Ager e a distribuidora do gás (GNC), bem como os proprietários de postos de combustível, para discutir a situação.
A proposta de aumento está em análise na Ager-MT, onde já existe uma maioria favorável à aprovação do reajuste solicitado pela empresa. No entanto, a discussão na comissão legislativa busca encontrar alternativas e evitar o aumento considerado prejudicial ao setor e à população.