Mauro Carvalho, senador substituto do Mato Grosso em substituição a Wellington Fagundes (PL), reafirmou suas críticas à reforma tributária na segunda-feira (10). Durante a cerimônia de posse do secretário Fábio Garcia na quarta-feira passada (5), o ex-chefe da Casa Civil expressou sua oposição ao projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados.
Durante o evento, o senador defendeu a aplicação de uma alíquota diferenciada para os estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que, segundo ele, ainda estão em fase de desenvolvimento.
"Propomos uma diferença de alíquota de 5% para mantermos a competitividade de nossa indústria e comércio", afirmou.
Mauro argumentou que os estados em estágios diferentes de desenvolvimento não podem ter as mesmas regras.
"Não podemos impor as mesmas regras a um estado que está em pleno desenvolvimento e a estados já estabelecidos, como os do Sul e Sudeste. Portanto, é esse equilíbrio que vamos buscar no Senado, de forma que o Centro-Oeste tenha uma vantagem para continuar atraindo empreendedores para Mato Grosso e garantir os investimentos necessários para a industrialização de nossas commodities", disse.
O senador acredita que as discussões no Senado serão mais igualitárias em comparação à Câmara dos Deputados, onde cada unidade federativa possui três cadeiras.
"No Senado, teremos uma discussão mais equilibrada, com igual peso para cada estado, o que difere da Câmara Federal", declarou.
Questionado sobre a desigualdade que uma alíquota diferenciada poderia causar, Mauro argumentou que isso serviria como incentivo para atrair investidores para Mato Grosso.
"Estou me referindo ao Centro-Oeste, Norte e Nordeste, que são estados em pleno desenvolvimento. Essa diferenciação se aplicaria apenas a esses estados. Quando exportarmos para outros estados, como São Paulo, eu teria um crédito fiscal de 5% de diferença. Qual incentivo eu daria a um empresário para investir em Mato Grosso? Estamos distantes dos portos, enfrentamos desafios logísticos e temos a energia mais cara do Brasil. Seria uma competição totalmente desigual. Não podemos perder o que conquistamos até hoje", concluiu.