Governo considera solicitar R$ 1 bilhão para agilizar o processo de duplicação da rodovia

O pedido está em fase de análise pela equipe econômica do Estado e será decidido após o recesso parlamentar, em agosto

Governador Mauro Mendes busca autorização da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para um novo empréstimo de R$ 1 bilhão, visando acelerar as obras de duplicação da BR-163 através da empresa Nova Rota, controlada pelo MT PAR. O pedido está em fase de análise pela equipe econômica do Estado e será decidido após o recesso parlamentar, em agosto.

O objetivo do empréstimo é concluir a duplicação dentro do mandato do governador, que se encerra em 2026. Uma alternativa sendo considerada é o governo fornecer diretamente os recursos para o MT PAR, podendo recuperá-los através de pedágios futuros ou pela venda da concessionária.

Cidinho Santos (PP), presidente do conselho fiscal e administrativo da concessionária Nova Rota (antiga Rota do Oeste), afirma que o pedido de empréstimo está sendo avaliado devido às altas taxas de juros e à expectativa de reforma tributária. O governo está analisando se é vantajoso realizar o empréstimo neste momento ou se seria mais adequado aportar os recursos posteriormente, quando as obras estiverem próximas da conclusão.

Cidinho menciona a possibilidade de obter o empréstimo através do Banco Mundial ou do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), inclusive com a própria Nova Rota solicitando o empréstimo. Ele acredita que uma resposta será obtida em agosto.

A solicitação de um novo empréstimo pelo governo estadual pode gerar polêmica na Assembleia, uma vez que recentemente foi concedida autorização para empréstimo de US$ 180 milhões (equivalente a R$ 876 milhões) para investimentos em educação e agricultura familiar. Os deputados convocaram o secretário de Estado de Fazenda (Sefaz) para prestar esclarecimentos, uma vez que o prazo de pagamento se estenderá por 25 anos, afetando sete futuras gestões.

O governo estadual assumiu o controle da Nova Rota em maio e já aportou R$ 1,6 bilhão na empresa.