Pescadores realizam manifestação e bloqueiam rodovia em protesto contra a Lei do Transporte Zero

Eles destacam a falta de fiscalização e punição efetivas, defendendo a preservação ambiental em conjunto com a atuação dos pescadores e dos órgãos responsáveis

Pescadores realizaram uma manifestação e interditaram uma rodovia em protesto contra a Lei do Transporte Zero. Segundo os manifestantes, o projeto acaba com a função do pescador e não leva em consideração a necessidade de preservação do rio Cuiabá de forma adequada.

Eles destacam a falta de fiscalização e punição efetivas, defendendo a preservação ambiental em conjunto com a atuação dos pescadores e dos órgãos responsáveis.

Tânia Souza, presidente da colônia de pescadores, ressaltou que a manifestação ocorre um dia antes da votação do projeto com o intuito de sensibilizar os deputados para que considerem o impacto na população carente e na economia local. Ela ressaltou a importância da pesca como fonte de renda em Santo Antônio, afirmando que a cidade depende exclusivamente dessa atividade, que é transmitida de geração em geração. A presidente destacou a preocupação com o futuro da comunidade ribeirinha caso a lei seja implementada.

Os pescadores contestam a proposta, argumentando a falta de estudos científicos para embasá-la. Após tentativas anteriores de manifestação sem sucesso, eles decidiram bloquear o trevo que conecta a Capital ao município, causando transtornos aos motoristas que passam pela rodovia.

Na semana passada, parte dos trabalhadores se dirigiu a Brasília para se reunir com a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a fim de discutir alternativas para impedir o avanço do projeto.

A lei, que obteve 13 votos a favor e apenas 5 contra, entrará em vigor em 1º de janeiro de 2024. Durante esse período, apenas a modalidade de pesque e solte será permitida, visando à preservação da fauna dos rios.

O governo oferecerá um auxílio financeiro aos pescadores durante 3 anos, sendo um salário mínimo (R$ 1.320) no primeiro ano, R$ 660 no segundo e R$ 330 no terceiro. Nos dois últimos anos, não haverá mais apoio financeiro do governo.