Membros do CV envolvidos em tortura e homicídio de jovem são presos em MT

De acordo com informações da assessoria da polícia, estão sendo cumpridos oito mandados de prisão, sendo que dois dos alvos já se encontram detidos, um na Penitenciária Central do Estado (PCE) e outro na Cadeia Pública de Nobres

Nesta terça-feira (27), a Polícia Civil deflagrou a Operação Procusto com o objetivo de prender oito membros de uma facção criminosa envolvidos na tortura e assassinato de P.R.C.S, de 23 anos, ocorrido em abril na cidade de Nova Ubiratã, a 502 km ao Norte de Cuiabá. Os restos mortais da vítima foram encontrados em 31 de maio.

De acordo com informações da assessoria da polícia, estão sendo cumpridos oito mandados de prisão, sendo que dois dos alvos já se encontram detidos, um na Penitenciária Central do Estado (PCE) e outro na Cadeia Pública de Nobres. Além disso, cinco mandados de busca e apreensão também estão sendo executados.

P.R.C.S havia se mudado de São Paulo para trabalhar em Mato Grosso. Em 19 de abril, ele estava em um bar junto com um amigo quando ambos foram sequestrados e levados para uma casa, onde foram torturados durante a madrugada. Na manhã seguinte, foram conduzidos até uma área de mata.

Durante o trajeto, o amigo de P.R.C.S conseguiu escapar, mas infelizmente ele não teve a mesma sorte e acabou sendo morto. Seus membros foram decepados e o corpo escondido em uma mata, sendo encontrado 42 dias depois.

Alvos da operação

A investigação revelou que uma funcionária da Educação teve participação direta na execução dos crimes, agindo com extrema perversidade ao ordenar a mutilação das vítimas.

Outro alvo da operação foi identificado como cúmplice no transporte das vítimas até o local do crime. Durante conversas com um comparsa que está preso, ele defendeu a morte das duas vítimas.

O crime foi ordenado por um detento da PCE, que recebia informações dos integrantes da facção responsáveis por monitorar as vítimas desde a chegada delas à cidade.

Os criminosos buscavam fazer com que as vítimas confessassem serem membros de uma facção rival, pois supostamente teriam feito um sinal com as mãos relacionado a essa facção. O preso da PCE gerenciou o crime de dentro da cela, acompanhando todos os detalhes, recebendo fotos, vídeos e dando ordens para a execução.