A juíza Alethea Assunção Santos decretou a prisão preventiva de A.S.A pelo crime de feminicídio, que resultou na morte de F.E.P, ocorrido no final da manhã de segunda-feira (19) em Cáceres, situado a 225 km a oeste de Cuiabá. A decisão da juíza foi fundamentada no histórico de agressões anteriores de A.S.A contra F.E.P, além do fato de que a vítima possuía uma medida protetiva contra o agressor.
A prisão preventiva foi solicitada após uma testemunha ter ouvido os pedidos de socorro da mulher. Ao chegarem à residência indicada, a equipe policial encontrou o portão trancado. Vizinhos informaram que F.E.P havia parado de gritar, mas ainda estava dentro da casa com o agressor. Após a entrada da polícia na residência, o suspeito foi flagrado estrangulando Fátima no chão, e ele foi preso em flagrante pelo crime de feminicídio.
Ao analisar o caso, a juíza Alethea Assunção Santos, da 2ª Vara Criminal de Cáceres, concluiu que as provas da materialidade e os indícios de autoria do crime eram incontestáveis, justificando, assim, a necessidade da prisão preventiva para garantir a ordem pública.
A magistrada destacou que, embora A.S.A fosse réu primário, medidas protetivas foram concedidas em 11 de junho deste ano, envolvendo o agressor e a vítima. Segundo relato de F.E.P à polícia na época, Adilson chegou transtornado em sua casa no dia 10, quebrando vários objetos e ameaçando agredi-la.
"Considerando o histórico de agressões anteriores, mesmo que o acusado não possua condenações, é evidente que sua prisão cautelar se faz necessária [...], devido à reincidência de condutas criminosas. A extrema gravidade da conduta atribuída ao acusado, flagrado em flagrante logo após tirar a vida de sua companheira, bem como o impacto social causado por tamanha violência, também justificam a necessidade da prisão preventiva".
Portanto, a juíza decretou a prisão preventiva de A.S.A.