Vereador assegura retorno do transporte regular, enquanto colegas alertam para possibilidade de paralisação

Usuários do transporte coletivo têm relatado nos últimos dias transtornos como atrasos e superlotação dos ônibus

Durante a sessão da Câmara Municipal de Cuiabá realizada nesta terça-feira (6), os vereadores expressaram preocupação com a situação do transporte coletivo na capital, temendo uma paralisação completa da frota de ônibus devido à falta de repasses da Prefeitura à Associação Mato-grossense dos Transportes Urbanos (AMTU). O vereador Luis Cláudio (Progressistas), da base do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou ter conversado com o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Juares Samaniego, que garantiu o retorno do serviço à normalidade.

Usuários do transporte coletivo têm relatado nos últimos dias transtornos como atrasos e superlotação dos ônibus.

O vereador Dilemário Alencar (Podemos) propôs a convocação do secretário Samaniego, bem como do presidente da AMTU, para esclarecer a situação e informar as causas dos problemas.

Durante a sessão, foram mencionadas reclamações sobre grandes filas nos terminais do CPA 1 e CPA 3, além de atrasos que fizeram com que muitas pessoas perdessem seus horários de trabalho. Surgiram especulações de que a redução no serviço estaria relacionada à falta de repasses da Prefeitura à AMTU, e algumas empresas alegaram isso como motivo. Cuiabá possui uma das passagens mais caras do Brasil, o que levanta questionamentos sobre se esse movimento é uma pressão para um aumento na tarifa ou se há realmente uma dívida por parte da Prefeitura.

O vereador Sargento Joelson (PSB) relatou ter recebido informações extraoficiais de que apenas 70% da frota operou no dia anterior e que hoje a porcentagem foi de 50%. Ele também mencionou que a Prefeitura deixou de repassar mensalmente R$ 12 milhões e que há um risco real de paralisação total.

Segundo apurado, as empresas têm enfrentado dificuldades financeiras, incluindo falta de combustível, devido aos atrasos nos repasses da Prefeitura desde janeiro. Além disso, a folha de pagamento dos motoristas de ônibus vence no dia seguinte à sessão, e as empresas não têm recursos para pagá-los. O vereador Eduardo Magalhães (Republicanos) informou sobre uma reunião entre trabalhadores e empresários para discutir as próximas ações.

A vereadora Michelly Alencar (União) ressaltou que as reclamações sobre o transporte coletivo não são recentes e que os trabalhadores da capital têm sofrido com o desrespeito, enfrentando problemas desde a semana passada. Ela mencionou que Cuiabá possui a 6ª passagem mais cara do Brasil e que trabalhadores, estudantes e servidores têm sido afetados pela má qualidade do transporte.

O vereador Luis Cláudio, membro da base do prefeito, afirmou ter conversado com o secretário de mobilidade urbana, que assegurou que o sistema está retornando à normalidade e que a Prefeitura está em negociações com as empresas para resolver a situação.