Relatórios da Operação Lei Seca, coordenada pela Secretaria de Estado e Segurança Pública (Sesp), revelaram um crescimento de 25% nas prisões em flagrante por embriaguez ao volante nos primeiros 4 meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2022.
Enquanto no ano passado foram registradas 632 prisões de janeiro a abril, neste ano já foram contabilizadas 788. Em todo o ano de 2022, o total chegou a 1.732 prisões.
Atualmente, são realizadas em média três operações semanais na região metropolitana de Cuiabá. Somente na Baixada Cuiabana, entre 1º de janeiro e a última quarta-feira (24), foram autuados 696 motoristas embriagados. Nos últimos 5 anos, foram realizadas 4.461 prisões por esse crime na região metropolitana.
O tenente-coronel Adão César Rodrigues da Silva, comandante do Batalhão de Polícia Militar de Policiamento de Trânsito Urbano e Rodoviário, ressaltou a importância de manter a fiscalização rigorosa contra esse tipo de crime, destacando que quando as ações de fiscalização são relaxadas, o número de condutores embriagados nas vias aumenta.
Ele expressou o desejo de realizar uma operação Lei Seca por dia na região metropolitana, mas lamentou que, apesar das campanhas de conscientização realizadas ao longo de duas décadas, muitos condutores ainda não entendem que dirigir sob efeito de álcool é um crime previsto no Código de Trânsito Brasileiro.
Adão César enfatizou que, nos dias atuais, com fácil acesso às informações, não se pode alegar falta de conhecimento sobre a proibição de dirigir embriagado. Ele ressaltou que a falta de conscientização e educação são os principais motivos que levam os condutores a arriscar suas vidas e as dos outros no trânsito.
O superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Estado, Arthur Nogueira, destacou a importância da fiscalização e punição efetiva dos condutores embriagados para coibir esses crimes. Ele ressaltou que dirigir sob efeito de álcool resulta em multa gravíssima no valor de R$ 2.934,70, além de suspensão ou cassação da CNH.
Nogueira também destacou a necessidade de os municípios implementarem programas voltados para o trânsito e ressaltou que menos de 10 cidades de Mato Grosso possuem secretarias de trânsito e transporte ou guardas municipais dedicadas à fiscalização e conscientização no trânsito.