D.R.F.G., de 41 anos, foi indiciado em dois inquéritos criminais por estupro de vulnerável contra cinco vítimas em Itiquira, localizada a 357 km de Cuiabá. Das vítimas, três são sobrinhas do acusado.
O primeiro inquérito investigou os abusos sexuais cometidos pelo acusado contra suas familiares, que tinham entre 9 e 11 anos de idade. O segundo inquérito foi concluído pelo delegado Felipe Neto, de Itiquira, na primeira quinzena deste mês e encaminhado ao Judiciário.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, o autor dos crimes se aproximava das vítimas sob o pretexto de ajudá-las com as tarefas escolares, e então cometia os abusos. Durante a investigação, também foi descoberto que outras duas crianças, vizinhas das sobrinhas, também foram vítimas do abusador.
Uma das vítimas, com 12 anos de idade, relatou que o acusado frequentava a casa de sua irmã e começou a se aproximar dela, fazendo elogios. Com o tempo, ele passou a fazer "cantadas" na menina e, posteriormente, prometeu que se casaria com ela. Para convencer a adolescente e enganá-la, o investigado afirmou que se tivessem relações sexuais, o pai dela permitiria que se casassem.
Outra vítima revelou que não denunciou o abusador anteriormente por estar em uma condição financeira vulnerável e temer que a denúncia não resultasse em punição.
O delegado de Itiquira destacou que todos os relatos das vítimas são coerentes e mostram um padrão de comportamento do investigado. Ele descreveu o acusado como alguém envolvente, que usava elogios e promessas para conseguir abusar sexualmente das vítimas, aproveitando-se de sua incapacidade presumida. Todas as vítimas tinham entre 10 e 12 anos na época dos crimes.
Durante o interrogatório, o investigado negou os crimes.
Nos casos de crimes sexuais ou que envolvam violência contra crianças e adolescentes, o prazo de prescrição começa a contar a partir do momento em que a vítima completa 18 anos, a menos que já tenha sido proposta uma ação penal. A prescrição ocorre quando não é mais possível punir determinada conduta criminosa, pois existe um prazo, dependendo do delito, para a aplicação da punição.