O partido Progressistas (PP) anunciou que lançará sua própria candidatura à prefeitura de Cuiabá no próximo ano. Durante a reunião da comissão provisória da capital, o nome escolhido foi o do deputado estadual Paulo Araújo. Essa decisão reflete a nova direção que o partido está tomando em relação a Cuiabá, uma vez que o encontro também oficializou o rompimento com a administração do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
O presidente municipal do PP, Eusébio Diniz, afirmou que a reunião decidiu por uma candidatura própria, tendo o deputado Paulo Araújo como nome natural, mas também ressaltou que o partido está aberto a buscar novas filiações com capacidade para concorrer à posição de prefeito.
Quanto à saída do partido da base do prefeito Emanuel, o dirigente destacou que essa decisão já havia sido tomada anteriormente e agora foi oficializada na direção municipal da legenda. Em um comunicado aprovado, o partido informa que nos próximos dias enviará uma notificação a todos os membros para que deixem os cargos na gestão municipal.
"Nós vamos solicitar aos filiados que entreguem os cargos que ocupam na prefeitura de Cuiabá. Caso alguns queiram permanecer, não haverá problema. O partido permitirá a carta de desfiliação sem qualquer obstáculo. No entanto, se optarem por ficar e não acatarem a decisão, acionaremos o estatuto do partido, que prevê uma série de punições para os filiados que não seguem as diretrizes aprovadas", explicou o dirigente.
Com essa decisão, o vereador licenciado e secretário municipal de Habitação e Regularização Fundiária, Marcrean Santos, e o vereador em exercício, Luís Cláudio, devem deixar o partido para continuar apoiando Emanuel Pinheiro. Vanderlúcio Rodrigues, atual presidente da Agência Municipal de Regulação e Serviços Públicos Delegados (Arsec), também deverá deixar o partido.
O rompimento entre Emanuel Pinheiro e o PP ocorreu devido às eleições do ano passado, quando o prefeito deixou de apoiar o deputado estadual Paulo Araújo em favor da candidatura de Juca do Guaraná (MDB). Após as eleições, Paulo Araújo assumiu a direção do partido com o aval da direção nacional e decidiu romper com a administração de Emanuel Pinheiro.