Juiz condena homem a 26 anos de prisão por matar ex-companheira na frente dos filhos devido a 'sentimento excessivo de posse'

Durante o julgamento, o juiz Maurício Alexandre Ribeiro destacou o “sentimento excessivo de posse” que E.S.S. tinha em relação à Liliane

E.S.S. foi condenado pelo Tribunal do Júri de Colíder a 26 anos e 3 meses de prisão em regime fechado pelo feminicídio de sua ex-companheira, Liliane Barbosa da Silva, em janeiro de 2022. O crime ocorreu na frente dos dois filhos do casal e mesmo com Liliane possuindo medidas protetivas contra o agressor. Edenilson invadiu a residência da vítima e desferiu 14 facadas nela, causando lesões pulmonares e cardíacas que levaram à sua morte.

Durante o julgamento, o juiz Maurício Alexandre Ribeiro destacou o “sentimento excessivo de posse” que E.S.S. tinha em relação à Liliane. O Conselho de Sentença reconheceu que o crime foi motivado pela condição de gênero da vítima, envolvendo violência doméstica e familiar, e qualificado como motivo torpe, meio cruel e feminicídio.

A pena base foi fixada em 21 anos de reclusão, mas a confissão espontânea do agressor reduziu a pena para 17 anos e 6 meses. No entanto, as causas de aumento da pena, por ter sido cometido na presença física de descendentes e em descumprimento das medidas protetivas, elevaram a pena final para 26 anos e 3 meses de reclusão.

O feminicídio ocorreu na madrugada do dia 5 de janeiro de 2022, em Colíder, e E.S.S foi preso dias depois após a confissão de seu pai, que acionou a polícia. A vítima já havia registrado um boletim de ocorrência e o agressor havia quebrado a medida protetiva que ela possuía. O agressor abordou Liliane em uma rua e a obrigou a subir em uma moto com os filhos, levando-a a um espetinho onde a agrediu e ameaçou.