O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, inicialmente revogou a prisão preventiva de Thiago Henrique Ribeiro, acusado de vender drogas para o Comando Vermelho. No entanto, depois ele percebeu que Thiago estava detido por outro crime, não relacionado ao tráfico de drogas, e voltou atrás na sua decisão.
O nome de Thiago não constava na denúncia original, que se referia a um caso de “salve” aplicado em um suspeito de furto de celular. Posteriormente, o Ministério Público pediu que o nome de Thiago fosse acrescentado na denúncia.
O caso ocorreu em outubro de 2021, quando a polícia recebeu um vídeo em que a vítima era torturada por suposta represália por ter cometido um furto de celular. A vítima, que apresentava diversas lesões pelo corpo, se recusou a fornecer informações sobre os autores da tortura. A polícia identificou Í.H.S.B, J.T.S, M.S.G, D.S.M, M.G.S e R.S.F como responsáveis pela agressão.
Durante as investigações, o nome de Thiago foi encontrado em uma tabela de aquisições de entorpecentes, sendo apontado pela polícia como vendedor/comprador de drogas do Comando Vermelho. O juiz considerou que os elementos de informação coligidos até então eram frágeis para sustentar o decreto de prisão preventiva.
A Defensoria Pública pediu a revogação da prisão de Thiago, e o juiz considerou que não havia elementos concretos que evidenciassem sua ligação com o Comando Vermelho, revogando a prisão e impondo medidas cautelares. No entanto, em decisão posterior, o magistrado verificou que Thiago não estava preso em decorrência deste processo e tornou sem efeito sua decisão anterior, apenas com relação à revogação da prisão.