Polícia realiza operação e executa 60 mandados contra criminosos que praticam roubos em motos

A maioria das subtrações de veículos aconteceu em shoppings, hospitais e supermercados, tendo como principais vítimas trabalhadores que adquiriram as motocicletas de maneira parcelada para serem utilizadas como meio de transporte para o trabalho

A Polícia Civil realizou na manhã desta quarta-feira (26) a segunda fase da Operação Avalanche, com o intuito de cumprir mandados judiciais contra uma organização criminosa responsável por furtos de motocicletas em Cuiabá e Várzea Grande. A ação resultou no cumprimento de 60 mandados, sendo 23 de prisão e 37 de busca e apreensão.

A primeira fase da operação foi realizada em fevereiro de 2022 e a investigação está focada em uma organização criminosa identificada em 60 procedimentos investigativos na DERFVA. Esta organização pode estar ligada a mais de 1.200 subtrações de motocicletas ocorridas nos últimos três anos na região metropolitana, além da adulteração de cerca de 150 placas de veículos. Estima-se que o prejuízo causado às vítimas seja de aproximadamente R$ 12 milhões.

A maioria das subtrações de veículos aconteceu em shoppings, hospitais e supermercados, tendo como principais vítimas trabalhadores que adquiriram as motocicletas de maneira parcelada para serem utilizadas como meio de transporte para o trabalho.

As investigações da Operação Avalanche - Fase Placa Fria descobriram a atuação de uma organização criminosa composta por muitos integrantes com funções previamente definidas. Eles praticavam diversos furtos qualificados, receptações dolosas qualificadas, lavagem de dinheiro e adulteração de sinais identificadores veiculares. A organização criminosa atuava principalmente na subtração de motocicletas, usando chave micha.

Os veículos eram levados para um local onde eram mantidos até que as primeiras iniciativas de recuperação por parte das forças de segurança cessassem. Posteriormente, as motocicletas tinham suas placas adulteradas e eram encaminhadas de acordo com as oportunidades oferecidas. Os veículos sofriam ações de desmanches ilegais cujas peças eram vendidas a empresas de autopeças, oficinas de motocicletas ou, em outras ocasiões, as motocicletas eram adquiridas por receptadores contumazes, sendo vendidas em lava-jatos, oficinas, redes sociais ou aplicativos de vendas.

Durante as investigações, foram identificados três grupos que integram essa organização criminosa, sendo um voltado aos furtos qualificados, adulteração de sinais identificadores veiculares e receptação dolosa, outro responsável pelo desmanche dos veículos subtraídos com a finalidade de promover na região metropolitana a distribuição de peças veiculares furtadas/roubadas e outro grupo criminoso estruturado para vender as peças de veículos subtraídos.

A fase Placa Fria recebeu esse nome devido à grande quantidade de placas adulteradas pela organização criminosa identificadas durante as investigações.