Pesquisa aponta que o cartão de crédito continua sendo o principal responsável pelo endividamento dos consumidores, representando 81,2% do volume de dívidas, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada pela Fecomércio de Mato Grosso.

Comparado ao mesmo período do ano passado, houve um aumento no endividamento por meio deste instrumento de pagamento eletrônico, com 75,3% das famílias em Cuiabá possuindo este tipo de dívida em março de 2022.

Entre os consumidores com renda superior a dez salários mínimos, a parcela com débitos contraídos com o cartão de crédito é de 92,8%. Já entre os consumidores com renda abaixo de dez salários mínimos, a proporção é menor, mas ainda alta, atingindo 80%.

Os bancos estão comprometidos em apresentar ao Ministério da Fazenda um estudo sobre as causas dos altos juros no rotativo do cartão de crédito, que é um tipo de crédito oferecido quando o consumidor não paga a fatura integral até o vencimento.

A taxa de juros do crédito rotativo chegou a 409,3% ao ano no final de 2022, nível mais elevado desde que o Banco Central começou a série estatística em 2012. Atualmente, as taxas de juros estão em torno de 417,4% ao ano.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com vários presidentes-executivos de bancos para discutir o assunto e afirmou que pediu celeridade no estudo, envolvendo o Banco Central nas discussões.