Antônio Joaquim, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), afirmou em entrevista ao programa Tribuna, da Rádio Vila Real, que a melhor solução para o transporte público em Cuiabá e Várzea Grande seria a conclusão do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em vez da escolha pelo Ônibus de Transporte Rápido (BRT).
Antônio Joaquim é o único conselheiro a votar contra a escolha pelo BRT. Ele critica a demora dos chefes do Executivo em encontrar uma solução e lamenta a perda de dinheiro público com o modal, que já teve gastos de cerca de R$ 2,6 bilhões.
Antônio Joaquim atribuiu a culpa do problema ao ex-governador Silval Barbosa, que não concluiu a obra a tempo, e também ao ex-governador Pedro Taques, que, segundo ele, por sua “inércia”, só causou mais prejuízos por causa do acúmulo de juros. Ele ainda ressalta que há estudos que mostram que dos R$ 1 bilhão gastos em obra e vagões, só será aproveitado pouco mais de R$ 200 milhões, e que há R$ 800 milhões de gastos comprovados que não têm utilidade para o BRT.
Embora tenha sido voto vencido na decisão da Corte de Contas de manter a escolha pelo BRT, Antônio Joaquim respeita a decisão do colegiado do TCE. Ele continua a defender que a solução do problema seria a continuidade do VLT, levando em consideração tudo o que já foi gasto.