A Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), em Cuiabá, está investigando todas as denúncias de ataques às escolas em Mato Grosso e os envolvidos serão identificados e responsabilizados pelos crimes cometidos, afirma a delegada Judá Marcondes. Embora muitas denúncias sejam falsas ou uma "brincadeira" entre os alunos, todos os casos terão consequências.
"Embora eles estejam brincando, estamos levando a investigação a sério", disse Marcondes. Ela acrescenta que desde as trocas de mensagens até as escritas nas paredes serão investigadas. No caso das ameaças escritas nas escolas, a Politec fará um exame grafotécnico, onde todos os alunos da unidade escreverão e uma análise será feita baseada nas letras encontradas.
Marcondes cita como exemplo os três adolescentes que foram apreendidos em Cuiabá, na terça-feira (11), após explodirem bombinhas de festa junina na escola. Um deles fugiu, mas os três apreendidos estão detidos na delegacia, onde podem permanecer por até cinco dias antes de serem encaminhados ao Complexo do Pomeri, onde um juiz avaliará o caso.
Eles podem cumprir até três anos de medida socioeducativa. Os adolescentes foram autuados por atos infracionais análogos aos delitos de associação criminosa, ameaça, dano ao patrimônio e por praticar ato capaz de produzir pânico ou tumulto.
"Eles se uniram para jogar bombinhas no banheiro para causar tumulto. Essa bomba pode ter intuito de ameaça e eu estou levando isso a sério. Sabemos que podem haver brincadeiras e fake news, mas diante de um ato concretizado, estamos levando ao rigor da lei. Têm essas ameaças de massacre, tem todo esse contexto, e os alunos fazem isso? É uma ameaça. Há contravenção penal que é provocar alarme com intuito de trazer temor e tumulto".
A delegada diz que muitos casos são apenas para causar tumulto, alunos querendo perder aula, mas no caso dos três apreendidos, além das possíveis consequências penais, eles já perderam os empregos, pois eram menores aprendizes, e foram expulsos da escola.
"As forças de segurança se uniram para coibir essas situações. A tolerância é zero".