Procuradoria do Mato Grosso denuncia mais oito golpistas

O STF decidiu manter a prisão de 294 investigados, e o ministro Alexandre de Moraes rejeitou os pedidos de liberdade de 86 mulheres e 208 homens que tiveram as condutas consideradas mais gravosas

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncias contra oito pessoas de Mato Grosso ao Supremo Tribunal Federal, no âmbito do inquérito que investiga os ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, ocorridos em 8 de janeiro. As denúncias fazem parte das 145 apresentadas no último final de semana. Os nomes dos denunciados são: Alessandra Faria Rondon, Elizangela Cristina Alves de Oliveira, Jaquelinie Konrad, Joani de Almeida, Joelton Gusmão de Oliveira, Levi Alves Martins, Neli Ferronato Pelle e Rosely Pereira Monteiro.

Atualmente, dez homens e duas mulheres de Mato Grosso permanecem presos há três meses. As mulheres estão na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, enquanto os homens estão no Centro de Detenção Provisória II da Penitenciária da Papuda. Alguns foram liberados mediante medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, por conta do menor potencial ofensivo. Esse grupo é enquadrado no processo 4921.

O STF decidiu manter a prisão de 294 investigados, e o ministro Alexandre de Moraes rejeitou os pedidos de liberdade de 86 mulheres e 208 homens que tiveram as condutas consideradas mais gravosas. A maior parte desse grupo responderá por crimes graves, como dano qualificado, abolição violenta do Estado de Direito e golpe de Estado. Eles integram pessoas que depredaram as sedes dos poderes e também aquelas que foram presas nas fases da Operação Lesa Pátria, que investiga organizadores, financiadores e operadores dos atos.

As denúncias apresentadas pela PGR referem-se às pessoas que foram presas em flagrante em frente ao Quartel do Exército em Brasília, um dia após os ataques, no âmbito do Inquérito 4.921. Esse inquérito investiga a responsabilidade de autores intelectuais dos atos e daqueles que instigaram as invasões e depredações. Outros inquéritos apuram as condutas dos financiadores e de outras pessoas que tenham participado com qualquer tipo de auxílio material em relação aos atos antidemocráticos, bem como informações sobre os executores dos crimes que não foram presos em flagrante.