Desembargador nega pedido de promotor e não vê justificativa para suspeição de juiz

O vazamento em questão foi de uma conversa do ex-governador Silval Barbosa com o desembargador Marcos Machado, referente à prisão da ex-primeira-dama Roseli Barbosa, presa na Operação Ouro de Tolo

O desembargador Rubens de Oliveira Santos Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), indeferiu o pedido de suspeição feito pelo promotor de Justiça Marco Aurélio de Castro contra o juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal Especializada de Justiça Militar, além de não ver "cabimento" no pedido de suspensão do processo.

O sargento Gerson Corrêa, em seu depoimento à 11ª Vara Criminal, no processo contra militares envolvidos na Grampolândia Pantaneira, afirmou que o promotor Marco Aurélio vazou informações sigilosas sobre a Operação Arqueiro, obtidas por interceptação telefônica.

O vazamento em questão foi de uma conversa do ex-governador Silval Barbosa com o desembargador Marcos Machado, referente à prisão da ex-primeira-dama Roseli Barbosa, presa na Operação Ouro de Tolo.

A defesa de Marco Aurélio pediu a suspeição ou impedimento do juiz Marcos Faleiros, que ouviu Gerson, e a suspensão do processo até que sejam requisitadas informações da ação penal em que foi colhido o depoimento de Gerson, para "avaliar com precisão os argumentos aqui suscitados".

O desembargador Rubens de Oliveira explicou que o juiz Marcos Faleiros não julgará este caso e que tanto a apreciação das provas quanto o julgamento são de competência exclusiva do Tribunal de Justiça, portanto, não há justificativa para a suspeição do magistrado. Ele também afirmou que o pedido de suspensão do processo é inviável.