Diretor-geral da PF em MT afirma que investigações não levam em conta filiações partidárias, apesar das críticas de Lula

O ex-presidente sugeriu que as recentes investigações do PCC, envolvendo planos contra o senador Sérgio Moro, poderiam ser "mais uma armação" do ex-juiz

Durante sua visita ao estado de Mato Grosso para a cerimônia de posse da nova superintendente regional da Polícia Federal, o diretor-geral da PF, Andrei Augusto Passos Rodrigues, optou por não responder às críticas do presidente Lula à instituição. O ex-presidente sugeriu que as recentes investigações do PCC, envolvendo planos contra o senador Sérgio Moro, poderiam ser "mais uma armação" do ex-juiz.

Em março deste ano, a PF realizou a Operação Sequaz, que resultou na prisão de indivíduos ligados ao PCC, acusados de planejar ataques contra autoridades e funcionários públicos, incluindo o ex-juiz Sérgio Moro e seus filhos. A operação foi autorizada pela juíza Gabriela Hardt, que já substituiu Moro durante a Operação Lava-Jato.

Em resposta às críticas de Lula, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) e a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) emitiram notas criticando o ex-presidente. Por sua vez, Rodrigues afirmou que não viu nenhuma crítica e reforçou que a PF continuará atuando de forma imparcial, sem levar em consideração posições políticas. Ele ressaltou que a instituição continuará a realizar suas operações, cumprindo seu papel constitucional.