Justiça decide manter a prisão de 4 envolvidos em venda de consórcios falsos e liberar um deles

Todos os réus estão envolvidos em um esquema de venda de consórcios falsos de imóveis e veículos na capital do Mato Grosso

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, manteve a prisão preventiva de Gabriel Figueiredo e Souza, Jhon Mayke Teixeira de Souza, Bruno Henrique Queiroz e Marcelo Roberto Alves da Silva e revogou a prisão de Kaio Tanaka Kanegar.

Todos os réus estão envolvidos em um esquema de venda de consórcios falsos de imóveis e veículos na capital do Mato Grosso. A Operação Fake Promises da Polícia Civil desmantelou o grupo em janeiro deste ano.

O Ministério Público de Mato Grosso entrou com uma ação contra os 13 alvos da operação, pelos crimes de estelionato e associação criminosa. A defesa de Kaio Tanaka Kanegar pediu a conversão da prisão em medidas cautelares, argumentando predicados favoráveis, com destaque no fato de que é réu primário, e também excesso de prazo.

Gabriel Figueiredo e Souza também pediu a revogação ou substituição da prisão, assim como Jhon Mayke Teixeira de Souza, que ainda alegou que não há provas sobre o crime de organização criminosa, além de citar que é pai de duas meninas, de 7 e 3 anos de idade, e por isso pediu a prisão domiciliar.

A Defensoria Pública pediu a revogação das prisões de Bruno Henrique Queiroz e Marcelo Roberto Alves da Silva, alegando excesso de prazo e suficiência de medidas diversas para garantia da ordem pública.

O Ministério Público opinou pelo indeferimento de todos os pedidos. Conforme apontou o Ministério Público, os suspeitos atraíam vítimas com anúncios em redes sociais, como o Facebook, fazendo promessas de financiamentos de imóveis ou veículos, e também venda de consórcio contemplado, porém, após a transferência dos valores informavam que o contrato efetivado era de aquisição de uma quota pertencente ao grupo de um consórcio.

A partir daí eles saíam de cena. Em seguida outros integrantes da organização criminosa informavam as vítimas que deveriam aguardar um tempo para receber a carta de crédito, até que percebiam que haviam caído em um golpe.