O delegado responsável pelo inquérito que investiga o assassinato do assessor parlamentar Wanderley Leandro Nascimento Costa, 36, afirmou que uma facção criminosa ficou incomodada pelo fato do cadáver do homem ter sido encontrado pela Polícia Civil. Embora o delegado não tenha mencionado o nome de nenhuma organização criminosa, ele explicou essa informação em uma coletiva de imprensa na sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá, realizada na tarde desta quinta-feira (2).
Wanderley foi assassinado no dia 17 de fevereiro e os dois suspeitos apontados como autores do crime foram presos e indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Segundo o inquérito concluído pela Polícia Civil, os dois rapazes planejaram o assassinato devido a supostos abusos sexuais cometidos por Wanderley contra dois menores de idade, parentes de um dos suspeitos. A vítima mantinha uma casa na qual recebia crianças e adolescentes e as abusava sexualmente há algum tempo.
Durante as oitivas dos suspeitos, eles confessaram à polícia que picharam um outdoor do governo do Estado instalado na entrada do Bairro Tijucal, em Cuiabá, na qual escreveram as iniciais de uma facção criminosa. No entanto, eles negaram que receberam ordem da organização criminosa para cometer o ato. A peça publicitária era uma campanha sobre segurança pública e amanheceu pichada no dia 14 de fevereiro.
O delegado afirmou que a possível relação da facção criminosa com o assassinato de Wanderley ainda precisa ser esclarecida pela polícia.