14 pessoas, incluindo um advogado e um sindicalista, são soltas após envolvimento em atos golpistas em MT

O grupo faz parte de um total de 137 denunciados que tiveram suas prisões convertidas em medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica

O Supremo Tribunal Federal, por meio do ministro Alexandre de Moraes, decidiu liberar 14 mato-grossenses que estavam presos por envolvimento em atos terroristas e depredações aos prédios dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. O grupo faz parte de um total de 137 denunciados que tiveram suas prisões convertidas em medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, entre segunda-feira e terça-feira (27 e 28 de fevereiro).
 
Entre os denunciados que tiveram a liberdade decretada está o advogado Antônio Valdenir Caliare, a ex-presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen/MT) Jacira Maria da Costa, o ex-vereador de Nova Olímpia Drildo Alves de Melo e a pastora evangélica Joelma Souza Cardoso de Souza, atuante na Igreja Assembleia de Deus Visão de Águia Monte Moria, em Guarantã do Norte.
 
Moraes considerou que esses denunciados não foram apontados como financiadores ou executores principais e podem responder em liberdade mediante uma série de medidas cautelares, como recolhimento domiciliar noturno e nos finais de semana, além de cancelamento de passaporte e suspensão de porte de arma de fogo. Os envolvidos terão de se apresentar em 24 horas nas comarcas dos locais onde residem.
 
Atualmente, 803 pessoas seguem presas e 603 foram liberadas para responder em liberdade com cautelares. Além de Mato Grosso, foram abarcados pelas decisões de Alexandre investigados de São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro, Pará, Alagoas, Pernambuco e Espírito Santo.
 
A lista inclui ainda os nomes de Calone Natalia Guimaraes Malinski, Carlos Rogerio Coimbra, Daiane Machado de Vargas Rodrigues, Helio Jose Ribeiro, Lenice Santana Baleeiro, Marcia Rosa Vieira, Marilete Pires Cabreira, Michael Vieira de Freitas, Sidiney Pereira e Matheus Ferreira de Souza.
 
Essa é a segunda vez que o ministro Alexandre de Moraes libera um grande número de pessoas presas por envolvimento nos atos de 8 de janeiro. Em ambas as ocasiões, Moraes considerou que havia provas nos autos da participação efetiva dos investigados em "organização criminosa que atuou para tentar desestabilizar as instituições republicanas".