Três anos após morte de criança por envenenamento, acusado será julgado pela justiça

O caso gerou grande comoção na época e a fabricante do produto chegou a retirar um lote do mercado enquanto aguardava a conclusão das investigações

Três anos após a morte do acusado, júri popular é marcado para julgamento do caso do envenenamento que resultou na morte do menino Rhayan Christian da Silva Santos, de apenas 2 anos, em 2016. O idoso Adonis José Negri, que faleceu em 2020 em decorrência de câncer, era o principal suspeito de ter envenenado o achocolatado que o pai da criança ofereceu ao filho.
 
O caso gerou grande comoção na época e a fabricante do produto chegou a retirar um lote do mercado enquanto aguardava a conclusão das investigações. Após laudo pericial, foi comprovado que o acusado havia envenenado o produto para se vingar de um criminoso que praticava furtos em seu comércio, mas que havia vendido as caixas para o pai da vítima.
 
Embora o processo tramite em segredo de justiça, uma ação por crime de trânsito contra Adonis indica que a denúncia foi arquivada após seu óbito, pois a responsabilidade penal é de natureza exclusivamente pessoal e a punibilidade não pode ser estendida a familiares ou dependentes, em razão do princípio da pessoalidade da pena, garantido pela Constituição. A decisão é datada de outubro de 2022 e foi proferida pela juíza Ana Helena Alves Porcel Ronkoski, da 3ª Vara de Nova Mutum.